Time demite preparador físico Walmir Cruz e dois auxiliares após eliminação

Após cair no torneio que era prioridade em 2010, clube começa reformulação no departamento de futebol, mas mantém filho de Lula

EDUARDO ARRUDA
DO PAINEL FC
MARTÍN FERNANDEZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Menos de 48 horas depois de ter sido eliminado da Taça Libertadores pelo Flamengo, o Corinthians escolheu a quem punir e a quem poupar.
O preparador físico Walmir Cruz e os auxiliares de preparação física Marcos Lima e Antônio Carlos Bona foram demitidos. O único integrante da área que não caiu foi Luís Cláudio da Silva, o Lulinha, filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ao mesmo tempo, o técnico Mano Menezes teve seu contrato renovado até o final de 2011. O acordo atual terminava em dezembro deste ano.
O ato de demitir os profissionais apenas dois dias após da preparação física foi visto como "covardia" até por aliados do presidente Andres Sanchez.
O substituto de Walmir Cruz será Eduardo da Silva, que já trabalhou no Internacional e terá autonomia para escolher dois auxiliares no Corinthians.
Em entrevista coletiva, o técnico Mano Menezes afirmou que havia "entregado o cargo de forma oficial", porque a eliminação da Libertadores significa "o encerramento de uma parte importante do trabalho".
Por telefone à reportagem, Andres afirmou que "em nenhum momento o Mano entregou o cargo para mim". O cartola também disse não ter sofrido pressão de nenhum conselheiro para demitir o treinador.
"Só quem me pediu a demissão do Mano foi a torcida, mas achei que não era correto."
A ampliação do contrato de Mano também seria uma forma de afastar o assédio de outros clubes brasileiros. Como a Folha informou ontem, havia o interesse do Internacional pelo treinador do Corinthians.
A multa rescisória a ser paga neste caso equivale à metade do que o treinador teria a receber até o fim do contrato. Com o vínculo encerrando no fim de 2010, a multa seria de R$ 1,05 milhão. Com mais 12 meses de contrato, esse valor triplica.
O Corinthians paga mensalmente R$ 350 mil a Mano Menezes, sem contar premiações.
O técnico não teve aumento de salário desta vez, ao contrário das outras duas oportunidades em que seu vínculo com o Corinthians foi estendido.
O diretor de futebol Mario Gobbi, que deu entrevista coletiva ao lado do treinador, afirmou que o clube tem "grande admiração e respeito" pelo trabalho do técnico e que por isso resolveu ampliar o vínculo dele com o clube alvinegro. "Não havia motivo para trocar o que é competente, sério e íntegro."


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