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Polícia monta esquema para "vigiar a energia"
País sofre com roubo de cabos e vários apagões
FÁBIO ZANINI
DE JOHANNESBURGO
Policiais de prontidão para
proteger torres e linhas de
transmissão de energia. Câmeras vigiando transformadores. E uma geringonça estilo 007, que promete borrifar
gás pimenta em quem tentar
violar subestações.
A Prefeitura de Johannesburgo montou um esquema
de guerra para evitar o roubo
de cabos de força, responsáveis, segundo suas estatísticas, por 87% dos apagões na
cidade em 2009. A situação
neste ano não é diferente. Em
abril, foram 42 incidentes.
"Os maiores inimigos do
fornecimento de energia são
o roubo e o vandalismo. Precisamos de penas mais duras.
Quem rouba esse tipo de material deve passar 20 anos na
cadeia", disse Silas Zumi, responsável pelo setor de energia na cidade, sede dos dois jogos mais importantes da Copa, a abertura e a final.
Os apagões são frequentes
na cidade. Há duas semanas,
várias partes da metrópole ficaram sem energia elétrica
durante um dia inteiro.
A falta de luz não deve afetar os estádios, que têm geradores, mas trariam grande
transtorno e insegurança aos
torcedores. Semáforos, por
exemplo, seriam afetados.
Situações como o roubo dos
cabos de cobre, material com
alto valor no mercado, certamente existem, mas a guerra
aos vândalos é também uma
maneira de desviar a atenção
para outros problemas.
O principal: o investimento
em geração e transmissão de
energia não acompanhou o
ritmo do crescimento no país
desde 2000. Além disso, novas áreas, como favelas, estão
sendo conectadas à rede.
Segundo dados da prefeitura, a demanda anual de energia da cidade é de 3.000 MW,
semelhante à de Londres. Nos
últimos cinco anos, foi investido cerca de R$ 1 bilhão no
sistema, mas os recursos não
parecem ter sido suficientes.
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