São Paulo, sábado, 08 de maio de 2010

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Polícia monta esquema para "vigiar a energia"

País sofre com roubo de cabos e vários apagões

FÁBIO ZANINI
DE JOHANNESBURGO

Policiais de prontidão para proteger torres e linhas de transmissão de energia. Câmeras vigiando transformadores. E uma geringonça estilo 007, que promete borrifar gás pimenta em quem tentar violar subestações.
A Prefeitura de Johannesburgo montou um esquema de guerra para evitar o roubo de cabos de força, responsáveis, segundo suas estatísticas, por 87% dos apagões na cidade em 2009. A situação neste ano não é diferente. Em abril, foram 42 incidentes.
"Os maiores inimigos do fornecimento de energia são o roubo e o vandalismo. Precisamos de penas mais duras. Quem rouba esse tipo de material deve passar 20 anos na cadeia", disse Silas Zumi, responsável pelo setor de energia na cidade, sede dos dois jogos mais importantes da Copa, a abertura e a final.
Os apagões são frequentes na cidade. Há duas semanas, várias partes da metrópole ficaram sem energia elétrica durante um dia inteiro.
A falta de luz não deve afetar os estádios, que têm geradores, mas trariam grande transtorno e insegurança aos torcedores. Semáforos, por exemplo, seriam afetados.
Situações como o roubo dos cabos de cobre, material com alto valor no mercado, certamente existem, mas a guerra aos vândalos é também uma maneira de desviar a atenção para outros problemas.
O principal: o investimento em geração e transmissão de energia não acompanhou o ritmo do crescimento no país desde 2000. Além disso, novas áreas, como favelas, estão sendo conectadas à rede.
Segundo dados da prefeitura, a demanda anual de energia da cidade é de 3.000 MW, semelhante à de Londres. Nos últimos cinco anos, foi investido cerca de R$ 1 bilhão no sistema, mas os recursos não parecem ter sido suficientes.


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