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sem medo
Com Dunga, Brasil ignora fator campo
Seleção registra aproveitamento parecido tanto nos jogos dentro quanto nos fora de casa nas eliminatórias da Copa-10
Time nacional, que é líder e recebe Paraguai na quarta, faz melhor campanha como visitante nos últimos três classificatórios ao Mundial
PAULO COBOS
ENVIADO ESPECIAL A MONTEVIDÉU
Na era Dunga, deixou de existir o fator campo para a seleção
brasileira nas eliminatórias.
A goleada de anteontem por
4 a 0 sobre o Uruguai, em Montevidéu -que, com a ajuda da
derrota do Paraguai para o Chile, levou a equipe à liderança do
classificatório para a Copa-2010-, aproximou ainda mais
os aproveitamentos do time como mandante e visitante.
Nos sete jogos fora, o Brasil já
somou 12 pontos, com aproveitamento de 57%. Em casa, foram seis partidas até agora e
outros 12 pontos ganhos, o que
significa performance de 67%.
Nos últimos dois qualificatórios, com a mesma ordem de jogos, um fosso separava a seleção dentro e fora de casa.
Nas eliminatórias para a Copa-2002, na mesma rodada
atual, o Brasil tinha um aproveitamento de só 33% como visitante e de 78% como mandante. No torneio para o Mundial-2006, os números eram,
respectivamente, 48% e 78%.
Mais impressionante ainda é
o desempenho ofensivo da seleção nas eliminatórias, fora de
casa, com Dunga no comando.
Foram 13 gols até agora no
campo dos adversários, média
de 1,86 por partida. Em casa, esse número é menor (1,67).
Novamente a comparação
com seus antecessores é favorável a Dunga. Também considerando o mesmo momento da
tabela atual, o time, no classificatório para a Copa de 2002, tinha, respectivamente, médias
de um gol feito por jogo como
visitante e 2,33 como mandante. Para o time de 2006, essas
marcas eram de 1,43 e 1,83.
"Um time que não sofre gol e
marca quatro mostra equilíbrio
em todos os setores", disse
Dunga, após a goleada sobre os
uruguaios no Centenário.
O Brasil acabou com vários
tabus fora de casa nestas eliminatórias. Pela primeira vez no
sistema todos contra todos em
turno e returno, somou pontos
contra o Equador em Quito e
venceu o Chile em Santiago.
Anteontem, encerrou jejum de
33 anos sem vencer o Uruguai
em Montevidéu e com o placar
mais dilatado como visitante.
"Fazia tempo que o Brasil
não ganhava aqui. Conseguimos uma vitória convincente, e
isso faz com que essa seleção fique marcada para a história",
falou o meia-atacante Kaká, autor do quarto gol nos 4 a 0.
Ele foi o mais assediado no
desembarque em Recife, na
madrugada de ontem. Na capital pernambucana, o Brasil recebe o Paraguai depois de amanhã e defende sua liderança.
O Brasil ainda faz dois jogos
como visitante nestas eliminatória, ambos contra rivais que
não venceu fora sob as atuais
regras -Argentina, em Buenos
Aires, e Bolívia, em La Paz.
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