São Paulo, segunda-feira, 08 de junho de 2009

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sem medo

Com Dunga, Brasil ignora fator campo

Seleção registra aproveitamento parecido tanto nos jogos dentro quanto nos fora de casa nas eliminatórias da Copa-10

Time nacional, que é líder e recebe Paraguai na quarta, faz melhor campanha como visitante nos últimos três classificatórios ao Mundial

PAULO COBOS
ENVIADO ESPECIAL A MONTEVIDÉU

Na era Dunga, deixou de existir o fator campo para a seleção brasileira nas eliminatórias.
A goleada de anteontem por 4 a 0 sobre o Uruguai, em Montevidéu -que, com a ajuda da derrota do Paraguai para o Chile, levou a equipe à liderança do classificatório para a Copa-2010-, aproximou ainda mais os aproveitamentos do time como mandante e visitante.
Nos sete jogos fora, o Brasil já somou 12 pontos, com aproveitamento de 57%. Em casa, foram seis partidas até agora e outros 12 pontos ganhos, o que significa performance de 67%.
Nos últimos dois qualificatórios, com a mesma ordem de jogos, um fosso separava a seleção dentro e fora de casa.
Nas eliminatórias para a Copa-2002, na mesma rodada atual, o Brasil tinha um aproveitamento de só 33% como visitante e de 78% como mandante. No torneio para o Mundial-2006, os números eram, respectivamente, 48% e 78%.
Mais impressionante ainda é o desempenho ofensivo da seleção nas eliminatórias, fora de casa, com Dunga no comando.
Foram 13 gols até agora no campo dos adversários, média de 1,86 por partida. Em casa, esse número é menor (1,67).
Novamente a comparação com seus antecessores é favorável a Dunga. Também considerando o mesmo momento da tabela atual, o time, no classificatório para a Copa de 2002, tinha, respectivamente, médias de um gol feito por jogo como visitante e 2,33 como mandante. Para o time de 2006, essas marcas eram de 1,43 e 1,83.
"Um time que não sofre gol e marca quatro mostra equilíbrio em todos os setores", disse Dunga, após a goleada sobre os uruguaios no Centenário.
O Brasil acabou com vários tabus fora de casa nestas eliminatórias. Pela primeira vez no sistema todos contra todos em turno e returno, somou pontos contra o Equador em Quito e venceu o Chile em Santiago. Anteontem, encerrou jejum de 33 anos sem vencer o Uruguai em Montevidéu e com o placar mais dilatado como visitante.
"Fazia tempo que o Brasil não ganhava aqui. Conseguimos uma vitória convincente, e isso faz com que essa seleção fique marcada para a história", falou o meia-atacante Kaká, autor do quarto gol nos 4 a 0.
Ele foi o mais assediado no desembarque em Recife, na madrugada de ontem. Na capital pernambucana, o Brasil recebe o Paraguai depois de amanhã e defende sua liderança.
O Brasil ainda faz dois jogos como visitante nestas eliminatória, ambos contra rivais que não venceu fora sob as atuais regras -Argentina, em Buenos Aires, e Bolívia, em La Paz.

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