|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
COPA 2010
meias verdades
Segundo tempo da goleada imposta à Tanzânia evidencia rival desgastado por dois jogos em três dias, e não revoluções feitas por Dunga
Eduardo Knapp/Folhapress
|
|
Kaká cai no amistoso na Tanzânia
Tanzânia 1
Aziz, aos 33min do 2º tempo
Brasil 5
Robinho, aos 9min e aos 33min do
1º tempo; Ramires, aos 8min e aos
47min; Kaká, aos 30min do 2º tempo
EDUARDO ARRUDA
PAULO COBOS
ENVIADOS ESPECIAIS A DAR ES SALAAM (TANZÂNIA)
Kaká já está 100% recuperado. Josué é a solução para o
meio-campo. Daniel Alves e
Maicon podem jogar juntos.
Ramires é o meia de criação
que estava faltando.
Tudo isso foi visto no segundo tempo do último teste
da seleção antes da estreia na
Copa, ontem, contra a Tanzânia, em Dar Es Salaam. Mas
os 45 minutos finais da vitória por 5 a 1 do Brasil não podem ser levados a sério.
Não só porque a Tanzânia
é frágil (é a 108ª no ranking
da Fifa). Mas porque, no futebol competitivo de hoje, ninguém tem fôlego para jogar
duas vezes em 24 horas, isso
ainda após viagem que, entre
deslocamentos terrestre e aéreos, durou cinco horas.
A Tanzânia jogou em
Ruanda no domingo. Ontem,
na primeira etapa, repetindo
quase dois terços do time, até
fez um jogo parelho. Mas os
atletas, quase todos baixos e
pouco musculosos, "morreram" no segundo tempo, e as
alterações de Dunga pareceram revolucionárias.
No primeiro tempo, o time
da casa só não marcou graças ao goleiro Gomes.
E o Brasil marcou duas vezes com Robinho, o único
atacante da seleção já em ritmo de Copa do Mundo.
Luis Fabiano e Kaká se
mostraram figuras quase nulas, errando praticamente todas as jogadas que tentaram.
Chegou o segundo tempo,
e Dunga resolveu mudar por
atacado. No lugar dos volantes Felipe Melo e Gilberto Silva, ambos um desastre na
saída de bola na primeira metade do jogo, entraram Josué
e Ramires. Depois, Daniel Alves, lateral de origem, substituiu Elano no meio-campo.
Josué, que reconheceu a
precariedade física dos rivais, melhorou a marcação.
Ramires fez dois gols. E ambos ajudaram Kaká, que dessa vez ficou em campo por 90
minutos, a desencantar -ele
não marcava pela seleção
desde junho de 2009.
O astro do Real Madrid festejou o que considera uma
evolução. "Este jogo já foi
melhor do que o passado, e
isso me dá mais confiança e
mais alegria", falou o camisa
10, que não quis projetar
uma porcentagem de como
estará fisicamente na estreia
na Copa, no próximo dia 15.
Mais sincero foi Josué. Ele
disse que a goleada não será
parâmetro para Dunga alterar a equipe. "Mostrei que
posso suprir a ausência de alguém, mas o Dunga já tem os
seus 11 titulares na cabeça."
A seleção viajou ontem
mesmo para Johannesburgo,
onde fica o seu QG durante o
Mundial sul-africano.
Texto Anterior: Painel FC na Copa Próximo Texto: Frase Índice
|