São Paulo, terça-feira, 08 de junho de 2010

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Baderneiros são deportados antes mesmo de Copa começar

Argentinos de organizadas tinham antecedentes criminais

GUSTAVO HENNEMANN
DE BUENOS AIRES

A polícia da África do Sul decidiu deportar dez torcedores argentinos que chegaram ao país anteontem para assistir aos jogos da Copa.
Parte deles tem antecedentes criminais e todos pertencem às "barras bravas", facções de torcedores conhecidos pelo fanatismo e pelo comportamento violento nos estádios. Um deles cumpria pena em liberdade condicional e outro já foi processado por tentativa de homicídio.
Os deportados integravam uma comitiva de 80 membros das Torcidas Unidas Argentinas, ONG fundada por militantes políticos próximos à presidente Cristina Kirchner e que levará ao todo 240 "barras" ao Mundial.
O governo, no entanto, nega que tenha patrocinado ou apoiado a viagem e diz que deu uma lista com nomes dos torcedores perigosos às autoridades sul-africanas para colaborar com a segurança.
Entre os deportados, está Sergio Roldán, torcedor do San Martín de Tucumán que cumpria pena em liberdade condicional pelo homicídio de um menino de 13 anos, que era torcedor adversário.
A polícia argentina não soube esclarecer se Roldán viajou com passaporte falso ou se houve falha no controle de migração do aeroporto.
Ele não tinha autorização da Justiça para deixar o país.
Outro torcedor que teve de dar meia volta é Julio César Navarro, líder de facção torcedora do Rosário Central.
Ele responde a processo por incidentes ocorridos durante a partida entre Argentina e Brasil pelas eliminatórias.
Há dez dias, outro grupo com 40 "barras" chegou à África no mesmo avião que a seleção argentina. Mas a AFA (Associação de Futebol Argentino) negou qualquer relação com os torcedores.
Oito policiais federais argentinos viajaram à África do Sul para ajudar autoridades locais com os baderneiros.


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