São Paulo, quarta-feira, 08 de junho de 2011

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Federações resistem à investigação de corrupção

FIFA
Entidade e ex-chefe do FBI apuram denúncia de compra de votos


DE SÃO PAULO

Vinte das 25 federações de futebol do Caribe que são filiadas à Fifa não devem atender a convocação da entidade, que investiga, com a ajuda de ex-chefe do FBI, denúncia de compra de votos.
A informação é da agência de notícias Reuters.
Estão na berlinda o qatariano Mohamed bin Hammam, ex-candidato à eleição da Fifa, e Jack Warner, ex-presidente da Concacaf, acusado de oferecer dinheiro a membros de federações do Caribe em troca de votos.
Hamman retirou sua candidatura após as acusações virem à tona, e o suíço Joseph Blatter acabou reeleito.
Bin Hammam e Warner, que tem grande influência sobre o futebol no Caribe, foram suspensos pela Fifa. O boicote às investigações é do interesse de Warner.
As federações foram convidadas pela Fifa para interrogatórios em Miami hoje.
A decisão de não comparecer ocorre após o envio de carta a Blatter com pedido para que seja afastado do inquérito Louis Freeh, ex-chefe do FBI, a Polícia Federal dos EUA. As federações pedem sua substituição por um "investigador independente".
Dizem que a investigação pode ser favorável aos EUA, que concorreram com o Qatar para sediar a Copa-2022.
A Fifa, entretanto, afirma que manterá Freeh e sua agência nas investigações.
No final do mês passado, a Fifa abriu inquérito sobre suposta tentativa de suborno de dois de seus principais cartolas por votos na eleição para a presidência da Fifa.
Um relatório de cerca de 12 páginas, com testemunhos de representantes caribenhos, é o principal elemento de acusação contra os dois.
A Fifa investiga uma reunião entre 25 membros de federações caribenhas, Bin Hammam e Warner, realizada em Trinidad e Tobago, país de Warner. Segundo o jornal "Daily Telegraph", há relatos de que Warner propôs US$ 40 mil (R$ 65 mil) aos representantes das federações em nome de Hamman.
Warner chegou a afirmar que divulgaria e-mails trocados com Blatter com supostas revelações de irregularidades na entidade. Prometeu um "tsunami" após ser suspenso, porém recuou.
Com a reeleição, Blatter somará 17 anos à frente da entidade máxima do futebol.


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