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ATLETISMO
Atletas do país africano ganharam prova masculina em 1999 e 2000
Brasil corre contra o tri do Quênia na Maratona de SP
DA REPORTAGEM LOCAL
A tradicional disputa entre brasileiros e quenianos promete
acontecer novamente durante os
42,195 km da 7ª Maratona Internacional de São Paulo, que tem
largada marcada para hoje, às 9h,
na praça Charles Muller, zona
oeste da cidade, e chegada no parque Ibirapuera, na zona sul.
E se a dedicação à prova for decisiva no resultado final, o Brasil
estará no topo do pódio.
Com a ausência do campeão do
ano passado, David Ngetich, do
Quênia, tentarão o bicampeonato
o também queniano Paul Yego,
primeiro colocado em 1999, e o
brasileiro Diamantino dos Santos, que venceu no ano anterior.
O atleta gaúcho tem corrido entre 150 e 180 quilômetros por semana para tentar alcançar a vitória na prova paulistana.
"A competição é uma das minhas prioridades nesta temporada. Acredito que estou mais bem
treinado do que no ano passado.
Os quenianos são atletas respeitáveis, mas não são imbatíveis", disse ele, quinto colocado em 2000.
Já Paul Yego não demonstra o
mesmo entusiasmo. "Acredito
que vou fazer uma boa prova, tentando melhorar minha marca",
disse ele, que tem o recorde da
prova (2h15min20s) e foi o terceiro colocado no ano passado.
Outro queniano, Erick Kimayo,
que tem 2h07min43s como seu
melhor tempo em maratonas, só
voltou a treinar há três meses, por
causa de uma lesão nas costas.
"Um dos atrativos que me trouxeram a São Paulo foi a oportunidade de poder competir em lugares diferentes", disse o atleta, amigo de Yego desde 1990, quando
entrou para o Exército e começou
a treinar ao lado do compatriota.
Jonah Koech, também do Quênia, que fará sua estréia na prova,
tem feito treinos específicos há
dois meses, mas não sabe o que
encontrará nas ruas de São Paulo.
"Espero fazer uma boa corrida,
apesar de não conhecer bem
meus adversários. Dizem que é
uma prova muito dura", disse o
queniano, que se dedicou principalmente aos 10.000 m nesta temporada. Seu melhor tempo foi de
28min40s, marcado em Ferrara
(ITA), no mês passado.
Na disputa feminina, a dedicação brasileira à Maratona Internacional fica ainda mais evidente.
Márcia Narloch, campeã em
1999 e 2000, busca o tri e a manutenção da hegemonia do Brasil,
que só não venceu na primeira
edição, em 1995, quando a vencedora foi a russa Ilyna Nadezhda.
Márcia mudou sua estratégia de
treinamento para priorizar a corrida paulistana no primeiro semestre deste ano.
"Diminuí o número de provas
no início do ano para não chegar
tão desgastada. Consegui descansar em janeiro e fevereiro. Nos
anos anteriores, eu cheguei muito
cansada e acabei vencendo mais
na determinação e na raça", disse.
A atleta brasileira também estuda mudar sua estratégia de corrida. Apesar de dizer que a primeira
metade da prova é mais fácil e deveria ser utilizada para o atleta
guardar energia para o final, Márcia admite que costuma usar força
total desde o início.
"Eu sempre mudo a estratégia
antes da prova. Nos últimos anos,
deu certo. Vou falar com meu técnico antes da corrida para definir
como irei correr", disse a recordista da prova (2h37min20s).
Suas principais adversárias serão Catherine Mutwa (Quênia),
Leteysus Weldu (Etiópia) e Cleuza Maria Irineu (Brasil).
Segundo a organização do evento, a 7ª Maratona Internacional de
São Paulo deverá ter mais de 8.000
competidores. Os mais bem colocados receberão R$ 170 mil em dinheiro, entre outros prêmios.
NA TV - Globo, ao vivo, a
partir das 9h
LEIA MAIS sobre o percurso da
Maratona de São Paulo à pág. C6
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