LUÍS FERRARI
DA REPORTAGEM LOCAL

Foi como uma corrida de motocicleta contra uma bicicleta. "Pilotada" por Elano e Robinho, a equipe santista não deu chances à Ponte Preta na goleada por 4 a 0, na noite de ontem em Campinas.
Segundo o Datafolha, eles foram os destaques do time de Vanderlei Luxemburgo. Robinho teve três assistências e só errou um de 14 passes. Elano, autor de duas assistências, foi o jogador que mais faltas recebeu em campo. Ele acertou 60% de suas finalizações.
Logo aos 3min do primeiro tempo, Elano recebeu um passe de calcanhar de Robinho, invadiu a área desmarcado e tocou de esquerda para abrir o placar.
Desnorteada, a defesa da Ponte não conseguia conter a velocidade das tabelas do time da Vila Belmiro, que perdeu duas boas oportunidades para ampliar antes dos 5min de jogo. As poucas jogadas de ataque do time da casa surgiram de cruzamentos de André Cunha, que Anselmo -muito vaiado pelos torcedores- não conseguiu concluir com precisão.
A única vez em que a torcida campineira vibrou foi quando o sistema de som do estádio anunciou o segundo gol do Cruzeiro sobre o Guarani no Mineirão.
Pouco mais tarde, Vânder recebeu o segundo cartão amarelo.
Com vantagem numérica em campo, o Santos criava oportunidades, mas falhava nas conclusões, como ocorreu com Deivid, que chutou sobre o goleiro Lauro após ter recebido a bola dentro da área a dois minutos do intervalo.
Na segunda etapa, o Santos acertou o pé e só não ampliou antes por causa do árbitro Cléber Wellington Abade, que não assinalou um pênalti sobre Robinho.
Aos 22min, Elano passou para Preto Casagrande, que chutou forte para ampliar.
Quatro minutos mais tarde, Basílio e Marcinho, que haviam acabado de entrar, brilharam. O meio-campista cabeceou, a bola resvalou no goleiro, e o atacante marcou o terceiro.
O quarto gol santista surgiu de uma triangulação dentro da área adversária. Marcinho pedalou para cima do zagueiro e passou para Ricardinho. O meia tinha condição de finalizar, mas preferiu ajeitar a bola para Robinho, que, de bico, chutou com força no canto direito de Lauro.
Vaiada pela torcida, a equipe da Ponte tentou manter a posse de bola no ataque. Mas,para se preservar do risco do contra-ataque, abdicou de jogadas mais ousadas. Atuava como se estivesse administrando a vantagem no placar.
"Com um jogador a menos em campo, contra um time forte como o Santos, fica muito difícil", explicou o atacante Macedo depois do final do jogo.
Na rodada do final de semana, que tem todos os jogos marcados para sábado, Santos e Ponte terão clássicos pela frente. O time da Vila Belmiro, que já está em quarto lugar, receberá o São Paulo, enquanto Campinas verá o derby local no Moisés Lucarelli.


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