São Paulo, domingo, 08 de julho de 2007

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Apesar de show, técnico estressa, berra e esmurra banco de reservas

DO ENVIADO A PUERTO LA CRUZ

Apesar da goleada arrasadora e do futebol objetivo, o técnico Dunga mostrou várias vezes na beirada do campo que não tolera erros bobos de passe, dribles sem objetividade e jogadas tolamente desperdiçadas.
Mais de uma vez o treinador da seleção brasileira socou a molhada lona que cobre o banco de reservas inconformado.
Vágner Love, pouco antes de fazer seu gol, foi duramente criticado pelo técnico. O atacante insistiu em dribles no meio, segurando a bola e quebrando o ritmo do time. Isso sem falar nos gols perdidos.
Júlio Baptista já estava acostumado desde o jogo com o Equador a ouvir os gritos de Dunga a cada passe errado ou contra-ataque desperdiçado. Nem o capitão do time, o volante Gilberto Silva, escapou. Ele tentou mais de uma vez dar passe de efeito e perdeu a bola. Levou broncas como reflexo dos erros em campo.
Doni, mesmo sem levar muitos sustos, foi outro que teve que se desculpar com o chefe publicamente. Após falhar em uma reposição de bola e ver segundos depois Mark González acertar seu travessão em chute de longe, o goleiro ergueu a mão e pediu perdão ao treinador, que berrava alucinado no banco de reservas.
As cenas se repetiam na medida em que o placar se dilatava. O gol do Chile e algumas poucas jogadas ofensivas do adversário na segunda etapa também foram alvo de reprovação com veemência do técnico, que não queria ver a acomodação da equipe em campo.
O Brasil fica em Puerto La Cruz até amanhã, quando viajará para Maracaibo. Lá, enfrentará na semifinal o Uruguai, que também goleou (4 a 1 na Venezuela) ontem à noite. O clássico sul-americano será uma repetição de uma das semifinais de 2004.0 (RBU)


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