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Apesar de show, técnico estressa, berra e esmurra banco de reservas
DO ENVIADO A PUERTO LA CRUZ
Apesar da goleada arrasadora
e do futebol objetivo, o técnico
Dunga mostrou várias vezes na
beirada do campo que não tolera erros bobos de passe, dribles
sem objetividade e jogadas tolamente desperdiçadas.
Mais de uma vez o treinador
da seleção brasileira socou a
molhada lona que cobre o banco de reservas inconformado.
Vágner Love, pouco antes de
fazer seu gol, foi duramente criticado pelo técnico. O atacante
insistiu em dribles no meio, segurando a bola e quebrando o
ritmo do time. Isso sem falar
nos gols perdidos.
Júlio Baptista já estava acostumado desde o jogo com o
Equador a ouvir os gritos de
Dunga a cada passe errado ou
contra-ataque desperdiçado.
Nem o capitão do time, o volante Gilberto Silva, escapou. Ele
tentou mais de uma vez dar
passe de efeito e perdeu a bola.
Levou broncas como reflexo
dos erros em campo.
Doni, mesmo sem levar muitos sustos, foi outro que teve
que se desculpar com o chefe
publicamente. Após falhar em
uma reposição de bola e ver segundos depois Mark González
acertar seu travessão em chute
de longe, o goleiro ergueu a
mão e pediu perdão ao treinador, que berrava alucinado no
banco de reservas.
As cenas se repetiam na medida em que o placar se dilatava. O gol do Chile e algumas
poucas jogadas ofensivas do adversário na segunda etapa também foram alvo de reprovação
com veemência do técnico, que
não queria ver a acomodação
da equipe em campo.
O Brasil fica em Puerto La
Cruz até amanhã, quando viajará para Maracaibo. Lá, enfrentará na semifinal o Uruguai, que também goleou (4 a 1
na Venezuela) ontem à noite. O
clássico sul-americano será
uma repetição de uma das semifinais de 2004.0
(RBU)
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