São Paulo, domingo, 08 de julho de 2007

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Hamilton resiste à pressão e crava pole

Correndo em casa pela primeira vez, novato consegue volta surpreendente

Inglês vibra, agradece apoio da torcida, que não via um local largar na frente na F-1 desde Damon Hill em 96, e se diz empolgado para vencer


DA REPORTAGEM LOCAL

Lewis Hamilton passou ontem por mais uma prova crucial em sua curta carreira na F-1. E, como tem acontecido desde sua estréia na categoria, há oito GPs, foi aprovado com louvor.
Diante dos fanáticos torcedores que lotaram as arquibancadas de Silverstone, cravou a pole para o GP da Inglaterra, que acontece hoje, às 9h, e em nenhum momento se deixou abater pela pressão de correr pela primeira vez em casa.
E pressão não faltou no treino que definiu o grid da nona etapa do Mundial de F-1. Em quarto até os últimos minutos da sessão, Hamilton sabia que precisava levar seu McLaren ao limite para conseguir a pole. E foi justamente isso que fez.
"Nas últimas curvas, eu sabia que estava acima três décimos ou algo parecido. Quando você tem esse tipo de pressão, ver os torcedores nas arquibancadas é fantástico", disse o inglês, que pela terceira vez nesta temporada vai largar em primeiro.
"Eu cruzei a linha de chegada e podia ouvir todo mundo do lado de fora", continuou Hamilton, 22. "Foi uma classificação extremamente intensa. As Ferrari e o Fernando [Alonso] estavam muito rápidos", disse.
A disputa pela pole parecia mesmo estar entre o bicampeão e a dupla ferrarista Felipe Massa e Kimi Raikkonen.
O brasileiro e Alonso foram para a volta rápida juntos. Massa fechou as duas primeiras parciais com tempo melhor, mas o espanhol conseguiu ficar à frente e com a pole provisória.
Contudo não teve tempo de comemorar, já que Raikkonen baixou o tempo na seqüência, apesar de uma escapada no fim de sua volta. E, quando as posições pareciam já estar definidas, Hamilton fez sua mágica.
"Fui para o tudo ou nada na última volta. Sabia que tinha que dar tudo e acho que fiz um belo trabalho. Estou muito empolgado para a corrida", disse.
Raikkonen sai em segundo, seguido por Alonso e Massa.
"Não sei se o público conseguia me ouvir, mas eu estava gritando tão alto quanto eles", afirmou o novato, líder do campeonato, que foi aplaudido em pé pelos torcedores. "Quase fiquei sem voz."
A pole era tudo o que a McLaren queria para desviar o foco do escândalo de espionagem em que está envolvida, após um de seus membros ter acesso a dados secretos da Ferrari.
Mas isso ficou em segundo plano depois que Hamilton tornou-se o primeiro inglês a fazer a pole em Silverstone desde Damon Hill, em 96, a primeira de um piloto do país desde Jenson Button na Austrália, em 2006.
Aos "derrotados", restaram as lamentações. "Errei na última curva e perdi muito tempo, mas não é nada que dê para mudar agora", falou Raikkonen. "Estou desapontado, mas vou tentar fazer uma boa largada."
Alonso, que vem sendo ofuscado pelo companheiro de McLaren desde o começo do ano, também choramingou. "Queria a pole, mas terceiro foi o melhor que pude", afirmou. "Tomara que eu consiga fazer ultrapassagens durante o GP."
Massa preferiu apostar na estratégia. "Sabemos que nosso carro vai bem nas corridas. E a de amahã [hoje] vai ser longa e difícil. A estratégia vai fazer a diferença", falou o brasileiro.


Com agências internacionais

NA TV - GP da Inglaterra
Globo, ao vivo, às 9h



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