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Hamilton resiste à pressão e crava pole
Correndo em casa pela primeira vez,
novato consegue volta surpreendente
Inglês vibra, agradece apoio
da torcida, que não via um
local largar na frente na F-1
desde Damon Hill em 96, e se
diz empolgado para vencer
DA REPORTAGEM LOCAL
Lewis Hamilton passou ontem por mais uma prova crucial
em sua curta carreira na F-1. E,
como tem acontecido desde
sua estréia na categoria, há oito
GPs, foi aprovado com louvor.
Diante dos fanáticos torcedores que lotaram as arquibancadas de Silverstone, cravou a
pole para o GP da Inglaterra,
que acontece hoje, às 9h, e em
nenhum momento se deixou
abater pela pressão de correr
pela primeira vez em casa.
E pressão não faltou no treino que definiu o grid da nona
etapa do Mundial de F-1. Em
quarto até os últimos minutos
da sessão, Hamilton sabia que
precisava levar seu McLaren ao
limite para conseguir a pole. E
foi justamente isso que fez.
"Nas últimas curvas, eu sabia
que estava acima três décimos
ou algo parecido. Quando você
tem esse tipo de pressão, ver os
torcedores nas arquibancadas é
fantástico", disse o inglês, que
pela terceira vez nesta temporada vai largar em primeiro.
"Eu cruzei a linha de chegada
e podia ouvir todo mundo do lado de fora", continuou Hamilton, 22. "Foi uma classificação
extremamente intensa. As Ferrari e o Fernando [Alonso] estavam muito rápidos", disse.
A disputa pela pole parecia
mesmo estar entre o bicampeão e a dupla ferrarista Felipe
Massa e Kimi Raikkonen.
O brasileiro e Alonso foram
para a volta rápida juntos. Massa fechou as duas primeiras
parciais com tempo melhor,
mas o espanhol conseguiu ficar
à frente e com a pole provisória.
Contudo não teve tempo de
comemorar, já que Raikkonen
baixou o tempo na seqüência,
apesar de uma escapada no fim
de sua volta. E, quando as posições pareciam já estar definidas, Hamilton fez sua mágica.
"Fui para o tudo ou nada na
última volta. Sabia que tinha
que dar tudo e acho que fiz um
belo trabalho. Estou muito empolgado para a corrida", disse.
Raikkonen sai em segundo,
seguido por Alonso e Massa.
"Não sei se o público conseguia me ouvir, mas eu estava
gritando tão alto quanto eles",
afirmou o novato, líder do campeonato, que foi aplaudido em
pé pelos torcedores. "Quase fiquei sem voz."
A pole era tudo o que a McLaren queria para desviar o foco
do escândalo de espionagem
em que está envolvida, após um
de seus membros ter acesso a
dados secretos da Ferrari.
Mas isso ficou em segundo
plano depois que Hamilton tornou-se o primeiro inglês a fazer
a pole em Silverstone desde Damon Hill, em 96, a primeira de
um piloto do país desde Jenson
Button na Austrália, em 2006.
Aos "derrotados", restaram
as lamentações. "Errei na última curva e perdi muito tempo,
mas não é nada que dê para mudar agora", falou Raikkonen.
"Estou desapontado, mas vou
tentar fazer uma boa largada."
Alonso, que vem sendo ofuscado pelo companheiro de
McLaren desde o começo do
ano, também choramingou.
"Queria a pole, mas terceiro foi
o melhor que pude", afirmou.
"Tomara que eu consiga fazer
ultrapassagens durante o GP."
Massa preferiu apostar na estratégia. "Sabemos que nosso
carro vai bem nas corridas. E a
de amahã [hoje] vai ser longa e
difícil. A estratégia vai fazer a
diferença", falou o brasileiro.
Com agências internacionais
NA TV - GP da Inglaterra
Globo, ao vivo, às 9h
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