Eles decidem um título pela 10ª vez, a 4ª em Grand Slam

DA REPORTAGEM LOCAL

Menos de um mês depois de decidir Roland Garros, o suíço Roger Federer e o espanhol Rafael Nadal voltam a disputar a final de um Grand Slam.
Hoje, às 10h, em Wimbledon, Federer tenta igualar o feito do sueco Bjorn Borg e conquistar o título do Grand Slam inglês cinco vezes consecutivas.
"Nunca pensei que pudesse ganhar aqui tantas vezes e agora estou em condições de igualar este recorde", disse Federer.
Já Nadal busca seu primeiro troféu da principal série do torneio fora do saibro da França.
Será o 13º confronto entre os dois, que vêm dominando o circuito profissional, sendo o décimo em finais e o quarto em decisões de Grand Slam.
O espanhol acumula oito vitórias. Mas o suíço leva vantagem na grama. Ele venceu o único confronto na superfície, na decisão do ano passado.
"Neste ano, estou jogando muito melhor do que no ano passado", disse Nadal, que nunca faturou um título na grama.
"Não sei se ele está jogando melhor, mas é um jogador duro e consistente, que merece totalmente voltar à final", declarou Federer, que não sabe o que é perder no piso mais rápido do tênis há 53 jogos -é a maior série invicta da história.
"É lógico que ele é o favorito. Ninguém duvida disso", afirmou Nadal. "Vou tentar continuar jogando de forma agressiva e ir para a quadra acreditando na vitória", completou.
Além do primeiro título em Wimbledon, Nadal pode se vingar do rival pela interrupção de sua invencibilidade no saibro.
Na final do Masters Series de Hamburgo, em maio, Federer obteve o primeiro triunfo sobre o espanhol na terra batida e encerrou a seqüência de 82 triunfos seguidos do adversário.
Federer passou pela semifinal com facilidade. Em apenas uma hora e 41 minutos, ele derrotou o francês Richard Gasquet por 3 a 0 (7/5, 6/3 e 6/4).
A partida foi vista por Borg. "Eu o vi sentado lá. Graças a Deus que o vi apenas no segundo set, assim pude me concentrar no primeiro", afirmou o líder do ranking mundial, que chamou o pentacampeão de legenda viva. "Eu tenho grande respeito por ele."
O suíço, que ficou seis dias sem atuar por causa do W.O. de Tommy Haas nas oitavas, levou clara vantagem física sobre Gasquet, que precisou de mais de três horas e meia para bater Andy Roddick anteontem. "Estava cansado", falou Gasquet.
Situação semelhante viveu Nadal ontem. O sérvio Novak Djokovic vinha de duas partidas longas (uma de quatro e outra de cinco set) e abandonou quando o placar marcava 3/6, 6/1 e 4/1 para o espanhol.
Djokovic foi o primeiro a deixar uma semifinal masculina de Wimbledon no profissionalismo, a partir de 1968.