São Paulo, terça-feira, 08 de julho de 2008

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Hegemônico desde 1999, Mao abre espaço para os Jogos no dinheiro chinês

DA REPORTAGEM LOCAL

O Banco Central da China apresentou ontem as cédulas de 10 yuans (equivalente a R$ 2,39) concebidas para celebrar os Jogos Olímpicos de Pequim, cuja cerimônia de abertura será em um mês.
No lugar da face de Mao Tsé-tung, 6 milhões de novas cédulas terão de um lado a imagem do Estádio Nacional e de outro ícones relativos ao evento multiesportivo.
As novas notas, que circularão publicamente, vão quebrar a hegemonia de quase uma década do ex-líder comunista no dinheiro em circulação na China.
Desde 1999 (ano do cinqüentenário da fundação da "República Popular") , a efígie de Mao está em todas as cédulas do país. Esse movimento começou em 1990, quando, 14 anos após sua morte, Mao "estreou" na nota de 100 yuans.
Ao longo da era Mao (1949 a 1976), as notas em circulação exibiam trabalhadores, fazendeiros, símbolos de modernização (como caminhões e aviões) e cenas de montanhas e pagodes (arquitetura característica de templos asiáticos).
Esporadicamente, pipocam na China discussões acerca de novos personagens nas cédulas de yuan em circulação no país.
Em 2006, por exemplo, membros do Congresso Nacional do Povo (o Parlamento chinês) propuseram que a imagem de Mao desse espaço a personalidades como Deng Xiaoping (artífice da reforma econômica a partir de 1978) e Sun Yat-sen, que é considerado "o pai da China moderna". Mas as idéias não prosperaram.


Com agências internacionais




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