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Hegemônico desde 1999, Mao abre espaço para os Jogos no dinheiro chinês
DA REPORTAGEM LOCAL
O Banco Central da China
apresentou ontem as cédulas de 10 yuans (equivalente
a R$ 2,39) concebidas para
celebrar os Jogos Olímpicos
de Pequim, cuja cerimônia
de abertura será em um mês.
No lugar da face de Mao
Tsé-tung, 6 milhões de novas
cédulas terão de um lado a
imagem do Estádio Nacional
e de outro ícones relativos ao
evento multiesportivo.
As novas notas, que circularão publicamente, vão quebrar a hegemonia de quase
uma década do ex-líder comunista no dinheiro em circulação na China.
Desde 1999 (ano do cinqüentenário da fundação da
"República Popular") , a efígie de Mao está em todas as
cédulas do país. Esse movimento começou em 1990,
quando, 14 anos após sua
morte, Mao "estreou" na nota de 100 yuans.
Ao longo da era Mao (1949
a 1976), as notas em circulação exibiam trabalhadores,
fazendeiros, símbolos de
modernização (como caminhões e aviões) e cenas de
montanhas e pagodes (arquitetura característica de
templos asiáticos).
Esporadicamente, pipocam na China discussões
acerca de novos personagens
nas cédulas de yuan em circulação no país.
Em 2006, por exemplo,
membros do Congresso Nacional do Povo (o Parlamento chinês) propuseram que a
imagem de Mao desse espaço a personalidades como
Deng Xiaoping (artífice da
reforma econômica a partir
de 1978) e Sun Yat-sen, que
é considerado "o pai da China moderna". Mas as idéias
não prosperaram.
Com agências internacionais
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