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Com verba pública, 87 vão à Copa
Objetivo de governos, prefeituras e Infraero é a preparação para 2014
DE SÃO PAULO
DE BRASÍLIA
Estados e municípios que
serão subsedes da Copa de
2014, no Brasil, e a Infraero,
estatal que opera os aeroportos, enviaram um batalhão
de pelo menos 87 pessoas
para a Copa do Mundo da
África do Sul a um custo de
pouco mais de R$ 715 mil.
O objetivo das visitas, segundo os governos, é reunir
in loco informações sobre
trânsito, transporte, segurança, logística e estrutura
dos estádios da Copa-2010.
No caso dos Estados e municípios, o custo foi de mais
de R$ 620 mil. Os governadores Cid Gomes (PSB-CE) e Orlando Pessuti (PMDB-PR) integram as comitivas.
As viagens foram pagas
com dinheiro público, exceto
o RS, que, sem divulgar os
valores, afirma contar com o
apoio da iniciativa privada.
As despesas incluem passagens aéreas, hospedagem,
alimentação e inscrição no
programa de observadores
da Fifa -cerca de US$ 4.000
(próximo de R$ 7.100).
O roteiro da Fifa oferece
palestras, visita às instalações dos estádios e assistir
aos jogos -inclusive partidas da seleção brasileira.
Já as passagens aéreas
custaram até R$ 15 mil -como no caso de Mato Grosso.
Alguns Estados incluíram
em sua comitiva artistas para
promover a cultura local. O
Amazonas bancou R$ 55 mil
para a viagem de 20 dançarinos de boi-bumbá. A Bahia
enviou uma baiana com roupas típicas e capoeiristas -o
gasto foi de R$ 40 mil.
De São Paulo, foram à Copa um funcionário da CET
(Companhia de Engenharia
de Tráfego), um da Secretaria
de Turismo do município e
dois do Comitê Executivo de
São Paulo para a Copa-2014,
a um custo de R$ 60 mil.
Já o Rio de Janeiro enviou a
maior comitiva entre os Estados: 25 pessoas. Entre elas estavam dois secretários de Estado, a secretária de Turismo, Esporte e Lazer, Márcia
Lins, e o secretário de Transportes, Sebastião Rodrigues.
Dos integrantes da comitiva, três fizeram parte do programa de observadores da Fifa. O governo não informou o
gasto total das viagens.
INFRAERO
Dois diretores e três superintendentes tiveram suas
viagens bancadas pela Infraero para a África do Sul. A
viagem custou R$ 95,1 mil
aos cofres da estatal.
A justificativa oficial é que
haverá visitas aos aeroportos
das cidades-sedes desta Copa do Mundo (Johannesburgo, Cidade do Cabo, Durban
e Porto Elizabeth). A estatal
informou que uma "comissão especial" irá "conhecer a
gestão aeroportuária aplicada e as soluções para a demanda gerada" na Copa.
A assessoria de imprensa
da Infraero informou que a
viagem "foi planejada para
coincidir com o término da
competição, quando será
possível fazer melhor o balanço de erros e acertos na
organização do torneio".
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