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MOTOR
FÁBIO SEIXAS - fabioseixas.folha@uol.com.br @fabio_seixas
A terceira chance de Frank Williams
A PRIMEIRA CHANCE veio
em 1977. Rompido com a
turma da Wolf, Frank Williams arregimentou alguns
colegas, entre eles Patrick
Head, e fundou a Williams
Grand Prix Engineering,
com o belga Patrick Neve como piloto de um velho
March vermelho e patrocínio da cerveja Belle-Vue.
Parecia que daria errado
quando a equipe caiu nas
graças da família Bin Laden
-sim, aquela. O dinheiro
saudita jorrou. E deu certo.
Três temporadas depois,
a Williams ganhava os Mundiais de Pilotos, com Alan
Jones, e de Construtores.
Foi a base para anos e
anos de sucesso na F-1: mais
seis títulos com pilotos e outros oito entre as escuderias.
A segunda chance veio
em 2000. Na inevitável onda
das associações entre equipes e grandes montadoras,
a Williams seduziu a BMW.
Tinha tudo para dar certo. Mas Frank resistiu às
gestões dos bávaros por
uma aliança além da parceria técnica. O coração de garagista falou mais alto. E
deu tudo errado.
Unidas a grandes fábricas, as rivais dispararam. A
Williams estancou e, claro, a
BMW foi embora em 2005.
De lá para cá, o máximo
que conseguiu foi um quarto
lugar em 2007, mesmo assim com 16,2% dos pontos
da campeã, a Ferrari.
Hoje, vive o fundo do poço. Na tabela, a Williams só
está à frente das três equipes que estrearam no ano
passado. (Tais times, não
por acaso, estão zerados.)
Tem quatro pontos, contra
295 da líder do campeonato,
a Red Bull.
Mas veio a terceira chance. No início da semana, a
Williams anunciou que utilizará os motores da Renault
a partir do ano que vem.
O acordo, porém, é muito
mais do que isso.
A Renault deixará de fornecer propulsores para a
equipe que batiza (a Lotus
preta e dourada) e já elegeu
o time de Frank como aquele que receberá, digamos,
um carinho especial.
Tem tudo para dar certo.
A ver.
BEM-FEITO "Silverstone Wing" é o nome do novo prédio no paddock do circuito inglês, que recebe a F-1 no fim de semana. Uma joia.
Veja em bit.ly/motor4
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