São Paulo, quinta-feira, 08 de agosto de 2002

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VÔLEI

Campeonato começa a ser disputado hoje por oito equipes; novidade é a inclusão de Suzano, Tietê e Limeira

Prefeituras fazem Paulista feminino reviver crescimento

MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL

Graças a parcerias entre clubes e prefeituras, o Paulista feminino voltou a crescer. Neste ano, o campeonato, que em 2001 contou com apenas seis participantes, terá três novas equipes -no total, serão oito times por causa da desistência de Santo André.
A última vez que a competição contou com oito equipes foi na edição disputada em 1998.
Limeira, Tietê e Suzano entram no Paulista com times modestos, montados com base de jogadoras juvenis e pouco investimento. E com o objetivo de tentar ficar entre os seis primeiros que avançam à segunda fase da competição.
"Nosso projeto era jogar a primeira divisão. O convite da federação paulista para a divisão especial nos pegou de surpresa. Agora tivemos de fazer uns ajustes como contratar três jogadoras mais experientes e aumentar a carga de treinamentos", contou Rodrigo Massaro, técnico de Limeira (150 km a noroeste de São Paulo).
O jovem time do interior tem média de idade de 21 anos. O pagamento da maioria das atletas é feito com bolsas de estudos. Algumas, naturais de outros Estados, moram em república mantida pelo clube e recebem ajuda de custo. O investimento total na equipe é de cerca de R$ 15 mil por mês.
Mesma quantia será gasta pelo Suzano (38 km a leste de São Paulo) para colocar seu time feminino na elite paulista. Tradicional no vôlei masculino do Estado, o clube estréia com o objetivo de revelar novos talentos.
A equipe, diferentemente de Limeira, que conta só com duas atletas da cidade, é formada por jogadoras oriundas de suas categorias de base. Como sua adversária do interior, tem a prefeitura como sua principal parceira.
Tietê (159 km a noroeste de São Paulo) voltará à elite do Estado após quatro anos. Em 1997, a cidade, que já chegou a ter uma equipe de ponta que contava com jogadoras como a atacante Virna, fez sua última participação na Superliga -ficou em último lugar.
Os favoritos ao título continuam sendo BCN/Osasco e MRV, que, após uma passagem pela campineira Ponte Preta em 2001, volta a jogar por São Bernardo.
O time de Osasco fez a principal contratação da temporada, a levantadora Fernanda Venturini, que só se reapresentará ao clube em 1º de setembro. O salário da jogadora seria cerca de três vezes o investimento mensal de Limeira e Suzano em suas equipes.
Neste início de temporada, o Osasco não terá a meio Valeskinha, a líbero Arlene e a ponta Paula, todas na seleção. A atacante Jaqueline ainda se recupera de problemas na circulação da mão.
Já o mineiro MRV terá suas principais atletas. Elisângela, Érika e Fofão fazem parte do grupo que está fora da seleção por problemas de relacionamento com o técnico Marco Aurélio Motta.
Em um grupo intermediário, estão o tradicional Pinheiros, que perdeu patrocínio da Blue Life, e o União/São Caetano, que decidiu o título do ano passado contra o BCN. Completa o torneio o Tênis Clube de São José dos Campos.



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