São Paulo, terça-feira, 08 de agosto de 2006

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Times anunciam pilotos e mexem com a cara da F-1

BMW dispensa ex-campeão Villeneuve e acerta com polonês novato, e Red Bull fecha com Webber para 2007

Após o GP mais empolgante do ano, negociações se precipitam, colocam Massa em xeque e reforçam dúvida sobre futuro de Schumacher


DA REPORTAGEM LOCAL

Um dia depois de um dos melhores e mais agitados GPs da temporada e que pode ter sido fundamental para o Mundial deste ano, dois anúncios mexeram com a F-1 ontem. Mais que isso, eles podem indicar a cara da categoria a partir de 2007.
O primeiro não pode ser considerado exatamente uma surpresa. Depois de ter ficado de fora da prova da Hungria, anteontem, por não ter se recuperado de um acidente, o canadense Jacques Villeneuve, campeão mundial em 97 e 163 corridas no currículo, foi afastado da BMW em definitivo.
Para seu lugar, a equipe anunciou o polonês Robert Kubica, que ocupou seu posto em Hungaroring e, não fosse uma punição da FIA, teria pontuado logo em sua prova de estréia.
O segundo comunicado emitido ontem, porém, é o que mais impacto pode trazer à F-1.
A Red Bull anunciou que o australiano Mark Webber será companheiro de David Coulthard na temporada que vem. Ele ficará na vaga que hoje é do alemão Christian Klien.
A novidade pode parecer não ter muita importância à primeira vista, mas um olhar mais atento pode indicar uma série de conseqüências deste acerto.
Esta era a última vaga que ainda estava em aberto nas equipes médias da categoria.
Era também uma das opções de Felipe Massa para 2007, caso Michael Schumacher decida não se aposentar e forme a dupla da Ferrari com Kimi Raikkonen, cuja contratação ainda não foi anunciada oficialmente.
A outra alternativa do brasileiro seria a Toro Rosso -ou ela ou a Red Bull terá motores Ferrari no próximo ano. Mas o time pode manter Vitantonio Liuzzi e Scott Speed em 2007.
Assim sendo, ou Massa ficaria sem cockpit na temporada que vem ou seria mais um indício de que Schumacher vai mesmo parar ao final do ano.
Essa teoria, que já havia ganhado força na semana passada, com o anúncio de que Ross Brawn, estrategista e da Ferrari e amigo do heptacampeão, deixará a F-1 ao final da temporada, foi reforçada anteontem.
O motivo foi a apresentação atípica de Schumacher no final de semana na Hungria, o que para muitos mostra o desespero do alemão para conseguir o octa antes de deixar a categoria.
Primeiro, Schumacher foi punido no treino classificatório por fazer duas ultrapassagens sob bandeira vermelha. O incidente o pôs no 11º lugar no grid.
Depois, durante a corrida, a dez voltas da bandeirada, quando ocupava a segunda colocação, viu Alonso abandonar e, no o que podia significar de vez sua volta à disputa pelo título -àquela altura diminuiria sua diferença para o espanhol, líder do Mundial para três pontos-, viu seu sonho começar a ruir.
Apesar de seus pneus estarem no limite, preferiu resistir à pressão de Pedro de la Rosa do que deixá-lo passar e preservar a distância de Nick Heidfeld, que vinha atrás -o que lhe deixaria a cinco pontos de Alonso. Resultado, não segurou o espanhol -chegou a cortar uma curva para manter o posto- bateu no alemão, o que o tirou do GP, e fez um só ponto.


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