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Times anunciam pilotos e mexem com a cara da F-1
BMW dispensa ex-campeão Villeneuve e acerta com polonês novato, e Red Bull fecha com Webber para 2007
Após o GP mais empolgante do ano, negociações se precipitam, colocam Massa em xeque e reforçam dúvida sobre futuro de Schumacher
DA REPORTAGEM LOCAL
Um dia depois de um dos melhores e mais agitados GPs da
temporada e que pode ter sido
fundamental para o Mundial
deste ano, dois anúncios mexeram com a F-1 ontem. Mais que
isso, eles podem indicar a cara
da categoria a partir de 2007.
O primeiro não pode ser considerado exatamente uma surpresa. Depois de ter ficado de
fora da prova da Hungria, anteontem, por não ter se recuperado de um acidente, o canadense Jacques Villeneuve,
campeão mundial em 97 e 163
corridas no currículo, foi afastado da BMW em definitivo.
Para seu lugar, a equipe
anunciou o polonês Robert Kubica, que ocupou seu posto em
Hungaroring e, não fosse uma
punição da FIA, teria pontuado
logo em sua prova de estréia.
O segundo comunicado emitido ontem, porém, é o que
mais impacto pode trazer à F-1.
A Red Bull anunciou que o
australiano Mark Webber será
companheiro de David Coulthard na temporada que vem.
Ele ficará na vaga que hoje é do
alemão Christian Klien.
A novidade pode parecer não
ter muita importância à primeira vista, mas um olhar mais
atento pode indicar uma série
de conseqüências deste acerto.
Esta era a última vaga que
ainda estava em aberto nas
equipes médias da categoria.
Era também uma das opções
de Felipe Massa para 2007, caso Michael Schumacher decida
não se aposentar e forme a dupla da Ferrari com Kimi Raikkonen, cuja contratação ainda
não foi anunciada oficialmente.
A outra alternativa do brasileiro seria a Toro Rosso -ou ela
ou a Red Bull terá motores Ferrari no próximo ano. Mas o time pode manter Vitantonio
Liuzzi e Scott Speed em 2007.
Assim sendo, ou Massa ficaria sem cockpit na temporada
que vem ou seria mais um indício de que Schumacher vai
mesmo parar ao final do ano.
Essa teoria, que já havia ganhado força na semana passada, com o anúncio de que Ross
Brawn, estrategista e da Ferrari
e amigo do heptacampeão, deixará a F-1 ao final da temporada, foi reforçada anteontem.
O motivo foi a apresentação
atípica de Schumacher no final
de semana na Hungria, o que
para muitos mostra o desespero do alemão para conseguir o
octa antes de deixar a categoria.
Primeiro, Schumacher foi
punido no treino classificatório
por fazer duas ultrapassagens
sob bandeira vermelha. O incidente o pôs no 11º lugar no grid.
Depois, durante a corrida, a
dez voltas da bandeirada, quando ocupava a segunda colocação, viu Alonso abandonar e, no
o que podia significar de vez sua
volta à disputa pelo título
-àquela altura diminuiria sua
diferença para o espanhol, líder
do Mundial para três pontos-,
viu seu sonho começar a ruir.
Apesar de seus pneus estarem no limite, preferiu resistir
à pressão de Pedro de la Rosa
do que deixá-lo passar e preservar a distância de Nick Heidfeld, que vinha atrás -o que lhe
deixaria a cinco pontos de
Alonso. Resultado, não segurou
o espanhol -chegou a cortar
uma curva para manter o posto- bateu no alemão, o que o tirou do GP, e fez um só ponto.
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