EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente Lula receberá periodicamente e de forma verbal relatórios sobre a preparação do Rio para o Pan-2007. Depois de pedir, há cerca de um mês, que a competição fosse ""monitorada com uma lupa" para dar certo, Lula receberá as informações do ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., que as colherá pessoalmente.
Hoje, o ministro inaugurará o conceito de gabinete itinerante -a cada dez dias, ou quinzenalmente, se deslocará ao Rio para despachar. Na programação, um lançamento de selo, a procura de local para se instalar no prédio da Secretaria Executiva de Acompanhamento do Pan-2007 e uma vistoria no Complexo Esportivo de Deodoro.
A obra é de responsabilidade do governo federal, mas Silva Jr. pretende "acompanhar de perto o que os outros parceiros estão fazendo".
Há pouco tempo, houve troca de farpas por meio da imprensa entre o prefeito do Rio, Cesar Maia, e Silva Jr. e seu antecessor no ministério, o hoje deputado Agnelo Queiroz (PC do B).
Os dois ministros acusaram o prefeito de transferir suas responsabilidades ao pedir cada vez mais dinheiro do governo federal para ser usado nas obras do Pan.
Silva Jr. apontou para a escalada de gastos da União na empreitada. Depois, afirmou que o governo federal não liberaria mais nenhum centavo para ""pagar responsabilidades alheias". Maia retrucou, dizendo que ""os Jogos são do Brasil, não só do Rio".
Seguiu-se uma guerra de números. Para contra-argumentar o prefeito, a Sepan apresentou um levantamento por meio do qual informa que a participação do governo federal no Pan-07 atinge R$ 1,3 bilhão, dos quais R$ 90 milhões já foram pagos.
Já a prefeitura afirma que, diretamente, sua parte no evento é de R$ 1 bilhão. Acrescenta, porém, que, consideradas as parcerias público-privadas, a conta ganharia outro R$ 1 bilhão.


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