São Paulo, sábado, 08 de agosto de 2009

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entrevista

Flagrada sai em defesa de treinador

FLÁVIA FERNANDES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
EM PRESIDENTE PRUDENTE

Lucimara Silvestre, 24, resolveu falar sobre o maior escândalo de doping do atletismo brasileiro.
Suspensa por uso de EPO, a atleta que compete no heptatlo (sete provas combinadas) diz que manterá a confiança no técnico Jayme Netto Jr. e que trabalhará com ele quando retomar sua carreira.
Dizendo-se "muito confusa e perplexa" pelo que ocorreu, ela está em Presidente Prudente (a 565 km de São Paulo), hospedada na casa de amigos.
Segundo Lucimara, todos os atletas envolvidos têm a intenção de se manifestar sobre o assunto e, principalmente, "provar que o que está acontecendo com Jayme é injusto". Ela afirma que não sabia que estava utilizando doping. As doses de EPO eram ministradas como aminoácidos, alega.

 

FOLHA - Como é para você falar sobre o assunto?
LUCIMARA SILVESTRE
- Estamos com medo de falar, várias coisas passam pela cabeça da gente... O que eu sei é que o que está acontecendo com o Jayme é injusto. Confiamos plenamente nele. Confio nele de olhos fechados e ele sempre quis o nosso bem e sempre foi um ótimo treinador. Repito: confio nele de olhos fechados e vou voltar e treinar com ele.

FOLHA - Como você está se sentindo com tudo isso?
LUCIMARA
- Não sei nem o que estou sentindo, porque jamais esperei passar por algo assim. O mundo caiu na minha cabeça. Ainda estou muito confusa.

FOLHA - Você nunca imaginou que seria flagrada?
LUCIMARA
- A única coisa que sei é que eu era uma simples atleta que não tinha nada com isso e que agora está pagando um preço caríssimo.

FOLHA - Você disse que o Jayme é inocente, mas ele assumiu tudo sozinho. Então, de quem é a culpa?
LUCIMARA
- Se você quiser falar a meu respeito, tudo bem. Mas, se for para apontar culpados, aí não é comigo. E não trabalho para quem compete julgar.

FOLHA - Você sabia o que estava tomando? Você se sentiu enganada?
LUCIMARA
- Eu achei que era aminoácido, jamais faria qualquer coisa que prejudicasse a minha carreira. A minha vida sempre foi o atletismo. Eu só sei fazer isso, e é isso que amo mais do que tudo...

FOLHA - Como o medicamento foi adquirido? Vocês tiveram que comprar?
LUCIMARA
- Não, nunca. Nós não pagamos nada.



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