São Paulo, segunda-feira, 08 de agosto de 2011

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JUCA KFOURI

Corinthians firme


Ainda líder por pontos perdidos, o alvinegro voltou a jogar bem e mereceu vencer no Paraná


HOUVE UM momento em que a maré a favor do Corinthians pareceu ter mudado definitivamente: Willian perdera um gol feito debaixo do arco do Furacão para, depois, Weldinho fazer um pênalti tolo que virou 1 a 0 para os donos da casa.
Até aí o Corinthians jogava melhor, bem melhor, como continuou fazendo no segundo tempo a ponto de merecer mais que o empate final em 1 a 1.
O raro leitor poderá argumentar que a maré já havia mudado nas derrotas para Cruzeiro e Avaí, mas a vitória, em má jornada, sobre o América dá o contra-argumento.
Fato é que tudo vinha dando certo para o Corinthians até quando não jogava bem, caso, por exemplo, da vitória sobre o Bahia, em Salvador.
É marcante, também, a vitória sobre o Botafogo, quando em seguida a uma bola chutada na trave por Herrera, Danilo erra um arremate que acaba sobrando para Liedson abrir o placar no fim do primeiro tempo. No mesmo jogo, no Engenhão, no sufoco do dedo luxado de Júlio César, o Corinthians achou um contra-ataque nos acréscimos para liquidar o clássico.
Fortuna semelhante à do Flamengo, anteontem, quando tudo levava a crer que o 0 a 0 ficaria no marcador contra o Coritiba, e Ronaldinho Gaúcho, em atuação tímida, pôs a bola na cabeça de Jael, o Cruel, para decretar a liderança rubro-negra por pontos ganhos, porque pelos perdidos, como se fazia muito antigamente, com um jogo a menos, o Corinthians continua em primeiro.
Mas o ponto aqui são os momentos de um jogo, ou mais, de um campeonato.
E mesmo apenas empatando um jogo que deveria ter vencido na Arena da Baixada, o Corinthians mostrou ontem que tem time para ir adiante na luta contra quem quer que seja.
Liedson tem feito falta, é verdade, mas é difícil dizer se a ausência dele é mais sentida como goleador ou como a do homem do primeiro combate nas saídas de bola dos rivais.
Porque com ele em campo Willian o auxilia e sem ele nenhum dos atacantes alvinegros faz o papel que vinha permitindo ao Corinthians dificultar a vida dos adversários.
O corintiano haverá de lamentar a bola na trave de Danilo, e com razão.
Mas terrível teria sido a derrota, a terceira em quatro jogos, para minar de vez a confiança do time em si mesmo, ainda mais às vésperas de enfrentar o Santos, na Vila Belmiro.
O empate não precisa ser comemorado, mas ficou longe de ser catastrófico.

blogdojuca@uol.com.br


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