São Paulo, domingo, 08 de setembro de 2002

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BASQUETE

Feitos de Dirk Nowitzki no Mundial viram trunfo de federação alemã

Cestinha alemão lidera time e país

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

De volta ao Mundial após uma decepcionante estréia na edição de Toronto (Canadá), em 1994, quando ficou na 12ª colocação, a Alemanha apostou em uma equipe "globalizada" comandada pelo ala Dirk Nowitzki, que atua na NBA pelo Dallas Mavericks.
Além da boa campanha (se classificou para as semifinais do Mundial de Indianápolis e ontem enfrentaria a Argentina), a seleção alemã também emplacou um dos destaques individuais do torneio.
Até a rodada que definiu os semifinalistas, Nowitzki, 24, estava com média de 23,3 pontos e sete rebotes defensivos por partida. Além de cestinha do campeonato, Nowitzki é também o segundo reboteiro defensivo da competição.
Estrela da equipe, o ala sabe que carrega nas costas a obrigação de conduzir sua equipe. "Somos um time jovem [a equipe tem média de idade de 25,6 anos" e vamos tentar ir tão longe quanto possível", afirmou o jogador à Folha.
Entre os companheiros de time do ala, figuram jogadores com nomes típicos alemães, como Jorg Lutcke e Henrik Rodl, e descendentes de imigrantes.
Pascar Roller e Robert Maras são de ascedência francesa, Mithat Demirel, romena, e Stephen Arigbabu, Misan Nikagbatse e Ademola Okulaja, africana.
Além disso, o armador Marko Pesic é iugoslavo. Vendo que não teria muito espaço na seleção de seu país natal, acabou optando pela naturalização.
Há um mês, a participação de Nowitzki no Mundial esteve ameaçada. Ele operou o tornozelo após a temporada da NBA.
Para liberar seu principal jogador para a Alemanha, o folclórico Mark Cuban, dono do Dallas Mavericks, exigiu um seguro alto.
A federação alemã teve que desembolsar cerca de US$ 200 mil para poder contar com Nowitzki.
Sem condições de arcar com a apólice de seu outro jogador da NBA, o pivô Shawn Bradley, também do Dallas, a federação alemã obrigou o técnico Henrik Dettmann a cortá-lo do elenco. Com isso, a missão de Nowitzki tornou-se ainda mais espinhosa.
Além de liderar o time no Mundial, Nowitzki tornou-se o principal trunfo da federação alemã para desenvolver o basquete no país.
Em sua última participação oficial pela Alemanha antes do Mundial, no Europeu, o ala foi o cestinha, com média de 28,7 pontos por jogo. Porém não levou seu time ao pódio -perdeu o bronze para a Espanha, rival derrotado na disputa por uma vaga nas semifinais da competição nos EUA.



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