Britânico impõe 1ª derrota ao espanhol como número um e decide Aberto dos EUA com Federer

Em sua primeira decisão de Grand Slam, 6º do mundo tenta acabar com jejum da Grã Bretanha, que não vence grande torneio desde 1936

DA REPORTAGEM LOCAL

Ao impor ontem a primeira derrota ao espanhol Rafael Nadal como líder do ranking, o britânico Andy Murray, 21, se classificou para sua primeira final de um Grand Slam.
E hoje, às 18h, na decisão do Aberto dos EUA, contra o suíço Roger Federer, tenta se tornar o primeiro britânico a conquistar um Grand Slam desde 1936, quando Fred Perry venceu o US Open pela terceira vez.
A campanha em Nova York também garantiu a Murray, que começou o torneio como sexto do mundo, a quarta colocação no próximo ranking.
É a melhor posição de um britânico na lista da ATP, igualando os desempenhos de Greg Rusedski e Tim Henman.
Murray derrotou Nadal por 6/2, 7/6, 4/6 e 6/4 em três horas e 30 minutos de uma partida que começou no sábado, mas foi interrompida pelo mau tempo quando vencia por 2 sets a 0. "A atmosfera aqui estava inacreditável hoje [ontem]", afirmou Murray, que disse estar aliviado depois de ter tido dificuldades para dormir.
Com o resultado, Murray "estragou" os planos de Federer, que havia dito que gostaria de enfrentar Nadal, seu grande rival, na decisão de hoje.
Número um por 237 semanas até ser destronado por Nadal, Federer tenta hoje seu primeiro título de Grand Slam na temporada. Se falhar, será a primeira vez desde 2002 que o suíço termina um ano sem ser campeão de um grande torneio.
Uma vitória deixa Federer a um título de igualar o recorde de Pete Sampras, de 14 Grand Slams. Além disso, em pelo menos um quesito o suíço ultrapassa Sampras; o de títulos em quadra dura. Federer somará um a mais do que o rival histórico (37) e ficará atrás apenas de Andre Agassi (47).
É também a primeira vez desde 2001 que Federer chega a Nova York sem títulos em quadra dura no ano. O último a ser campeão no Aberto dos EUA sem ter vencido um torneio no piso na temporada foi justamente Sampras em 2002.
Federer é o quarto tenista da história a conseguir 17 finais de Grand Slams. Antes dele, somente Ivan Lendl (19 decisões), Sampras (18) e Rod Laver (17) alcançaram a marca.
Por causa do mau tempo, a final feminina do Aberto dos EUA, entre Serena Williams e Jelena Jankovic, seria disputada na noite de ontem, e a masculina acontece numa segunda pela primeira vez desde 1987.