São Paulo, terça-feira, 08 de setembro de 2009

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Em cima da hora, Fifa dá nova orientação a arenas

Entidade pede a estádios da Copa-2014 ajustes ambientais perto de data-limite

Comitê organizador estuda excluir duas das sedes do Mundial por problemas de projeto, mas, até agora, não cobra atrasos dos Estados

RODRIGO MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

O COL (Comitê Organizador Local da Copa-2014) e a Fifa fizeram novas recomendações ambientais para os estádios do evento pouco antes do prazo para entregar projetos e para iniciar licitações das arenas.
A maioria das cidades-sedes está atrasada em relação ao cronograma inicial para o Mundial. Nenhum dos nove Estados (três arenas são particulares) lançou concorrência para obras na data-limite, 31 de agosto, como previsto antes.
O COL e a Fifa já estudam reduzir de 12 para as 10 sedes da Copa-2014, como revelou a Folha. Isso se deve a problemas técnicos nos projetos, atrasos e dúvidas financeiras. O comitê negou ontem esta informação.
Fato é que o COL e a Fifa não têm cobrado as autoridades responsáveis por estádios por atrasos no cronograma inicial.
"Não [houve críticas]. Pelo contrário, na reunião, pediram uns ajustes em relação à água, mas foi muito elogiado. Entregamos 90% do projeto", afirmou o secretário estadual de Turismo do Rio Grande do Norte, Fernando Fernandes, um dos Estados apontados como problemáticos pelo COL -seu governo ainda não lançou a licitação ou a Parceria-Público Privada para seu estádio.
Amazonas, Pernambuco e Mato Grosso também têm projetos com atrasos ou que receberam ressalvas.
A reportagem não conseguiu falar ontem com os outros Estados, mas é certo que não houve cobranças de cronograma.
Até porque os 12 estádios receberam novas orientações da Fifa em relação às arenas nos dias 19 e 20 de agosto, em reuniões no Rio de Janeiro.
A entidade recomendou que os responsáveis pelos estádios obtivessem dois certificados ambientais. Um deles é o Lide, que trata do baixo impacto ao desenvolvimento.
Não é uma exigência, mas a Fifa espera que os estádios reaproveitem sua água e tenham previsão de reciclagem de lixo, entre outros itens.
Entregues em 4 de setembro, os projetos dos 12 estádios, em geral, ainda não contemplavam as mudanças necessárias para essas certificações ambientais.
"O problema é que o governo está pedindo para reduzirmos o custo [do estádio]. Essas exigências ambientais aumentam o custo da arena", explicou o secretário de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia, Nilton Vasconcelos, pouco após a reunião com a Fifa.
Seu projeto de reforma da Fonte Nova ainda teve que excluir arquibancadas provisórias, também previstas no Verdão, em Cuiabá.
A Fifa apenas recomendou que não fossem usadas essas estruturas. Mas, na prática, o COL entendia ser impensável essas acomodações na Copa.
Sem cobrar até agora, a Fifa fará visitas às sedes no futuro. As datas serão definidas em reunião da entidade, novamente no Rio, no final deste mês.


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