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Em cima da hora, Fifa dá nova orientação a arenas
Entidade pede a estádios da Copa-2014 ajustes ambientais perto de data-limite
Comitê organizador estuda excluir duas das sedes do Mundial por problemas de projeto, mas, até agora, não cobra atrasos dos Estados
RODRIGO MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
O COL (Comitê Organizador
Local da Copa-2014) e a Fifa fizeram novas recomendações
ambientais para os estádios do
evento pouco antes do prazo
para entregar projetos e para
iniciar licitações das arenas.
A maioria das cidades-sedes
está atrasada em relação ao
cronograma inicial para o
Mundial. Nenhum dos nove
Estados (três arenas são particulares) lançou concorrência
para obras na data-limite, 31 de
agosto, como previsto antes.
O COL e a Fifa já estudam reduzir de 12 para as 10 sedes da
Copa-2014, como revelou a Folha. Isso se deve a problemas
técnicos nos projetos, atrasos e
dúvidas financeiras. O comitê
negou ontem esta informação.
Fato é que o COL e a Fifa não
têm cobrado as autoridades
responsáveis por estádios por
atrasos no cronograma inicial.
"Não [houve críticas]. Pelo
contrário, na reunião, pediram
uns ajustes em relação à água,
mas foi muito elogiado. Entregamos 90% do projeto", afirmou o secretário estadual de
Turismo do Rio Grande do
Norte, Fernando Fernandes,
um dos Estados apontados como problemáticos pelo COL
-seu governo ainda não lançou
a licitação ou a Parceria-Público Privada para seu estádio.
Amazonas, Pernambuco e
Mato Grosso também têm projetos com atrasos ou que receberam ressalvas.
A reportagem não conseguiu
falar ontem com os outros Estados, mas é certo que não houve cobranças de cronograma.
Até porque os 12 estádios receberam novas orientações da
Fifa em relação às arenas nos
dias 19 e 20 de agosto, em reuniões no Rio de Janeiro.
A entidade recomendou que
os responsáveis pelos estádios
obtivessem dois certificados
ambientais. Um deles é o Lide,
que trata do baixo impacto ao
desenvolvimento.
Não é uma exigência, mas a
Fifa espera que os estádios reaproveitem sua água e tenham
previsão de reciclagem de lixo,
entre outros itens.
Entregues em 4 de setembro,
os projetos dos 12 estádios, em
geral, ainda não contemplavam
as mudanças necessárias para
essas certificações ambientais.
"O problema é que o governo
está pedindo para reduzirmos o
custo [do estádio]. Essas exigências ambientais aumentam
o custo da arena", explicou o secretário de Trabalho, Emprego,
Renda e Esporte da Bahia, Nilton Vasconcelos, pouco após a
reunião com a Fifa.
Seu projeto de reforma da
Fonte Nova ainda teve que excluir arquibancadas provisórias, também previstas no Verdão, em Cuiabá.
A Fifa apenas recomendou
que não fossem usadas essas
estruturas. Mas, na prática, o
COL entendia ser impensável
essas acomodações na Copa.
Sem cobrar até agora, a Fifa
fará visitas às sedes no futuro.
As datas serão definidas em
reunião da entidade, novamente no Rio, no final deste mês.
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