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no limite
Brasil cai diante da Argentina pela 8ª vez em 15 anos , assume erros de forma velada e emplaca 3º Mundial sem chegar nas quartas
Brasil 89
Argentina 93
DANIEL BRITO
ENVIADO ESPECIAL A ISTAMBUL
A Argentina é o limite da
seleção brasileira de basquete. Onde se encerram as ilusões de campanhas históricas e resultados memoráveis.
Foi assim ontem, no ginásio Sinan Erdem, em Istambul, pelas oitavas de final do
Mundial. Os argentinos bateram os brasileiros por 93 a 89
e avançaram para enfrentar a Lituânia, pelas quartas.
"Tínhamos a ilusão de ir
longe neste Mundial, mas
um jogo acaba com tudo. Às
vezes, a gente precisa de sorte, mas infelizmente perdemos de novo", disse o pivô
Tiago Splitter, único atleta
que se dispôs a falar com a
imprensa, junto com o armador Marcelinho Huertas.
A CBB (Confederação Brasileira de Basquete) tenta
mudar a data das passagens de volta para o Brasil para hoje. Segundo Vanderlei
Mazzuchini, diretor de seleções, os bilhetes estavam
marcados para 13 de setembro, dia seguinte à final.
O Brasil manteve a ilusão
de derrubar a Argentina e
não remarcar as passagens
de volta por 32 minutos e
meio. Tempo em que atacou
com responsabilidade e defendeu com eficiência.
"Colocamos os caras contra a parede, tivemos o jogo
nas mãos por muito tempo,
mas eles nos fizeram pagar
por erros que não deveriam
ter acontecido", desabafou
Marcelinho Huertas, sem mencionar os erros.
A maior falha do Brasil nos
minutos finais foi não conseguir parar o ala-pivô Luís
Scola. Quando faltavam
7min29, o jogo esteve empatado pela última vez (74 x 74).
Uma cesta de três de Leonardo Gutiérrez fez os argentinos partirem para a vitória.
Scola converteu seus últimos seis arremessos e o Brasil amargou mais uma queda
em competição importante
diante do maior carrasco. Já
são oito partidas sem bater os
argentinos em confrontos de
Mundial e Pré-Olímpico -o
último triunfo foi no classificatório para Atlanta-1996.
Em 2010, o Brasil encerra
sua participação melhor que
no Mundial anterior, quando
foi 17º. Agora, o time terminará entre nono e 12º.
Desde Indianápolis-2002,
o Brasil não chega às quartas. A última medalha está
ainda mais distante, nas Filipinas-1978 (bronze).
Como ocorreu em todo o
Mundial turco, os brasileiros
se esquivaram da imprensa.
Splitter recusou-se a responder se a geração atual, que
atua junta desde 2002 e acumula derrotas seria tachada
como "o time do quase".
Rubén Magnano, campeão olímpico com a Argentina, saiu satisfeito com o desempenho brasileiro. "Saio
contente com a imagem que
o Brasil deixou neste Mundial", disse o técnico, sem se
explicar sobre a imagem.
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