São Paulo, quarta-feira, 08 de setembro de 2010

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no limite

Brasil cai diante da Argentina pela 8ª vez em 15 anos , assume erros de forma velada e emplaca 3º Mundial sem chegar nas quartas

Brasil 89
Argentina 93

DANIEL BRITO
ENVIADO ESPECIAL A ISTAMBUL

A Argentina é o limite da seleção brasileira de basquete. Onde se encerram as ilusões de campanhas históricas e resultados memoráveis.
Foi assim ontem, no ginásio Sinan Erdem, em Istambul, pelas oitavas de final do Mundial. Os argentinos bateram os brasileiros por 93 a 89 e avançaram para enfrentar a Lituânia, pelas quartas.
"Tínhamos a ilusão de ir longe neste Mundial, mas um jogo acaba com tudo. Às vezes, a gente precisa de sorte, mas infelizmente perdemos de novo", disse o pivô Tiago Splitter, único atleta que se dispôs a falar com a imprensa, junto com o armador Marcelinho Huertas.
A CBB (Confederação Brasileira de Basquete) tenta mudar a data das passagens de volta para o Brasil para hoje. Segundo Vanderlei Mazzuchini, diretor de seleções, os bilhetes estavam marcados para 13 de setembro, dia seguinte à final.
O Brasil manteve a ilusão de derrubar a Argentina e não remarcar as passagens de volta por 32 minutos e meio. Tempo em que atacou com responsabilidade e defendeu com eficiência.
"Colocamos os caras contra a parede, tivemos o jogo nas mãos por muito tempo, mas eles nos fizeram pagar por erros que não deveriam ter acontecido", desabafou Marcelinho Huertas, sem mencionar os erros.
A maior falha do Brasil nos minutos finais foi não conseguir parar o ala-pivô Luís Scola. Quando faltavam 7min29, o jogo esteve empatado pela última vez (74 x 74).
Uma cesta de três de Leonardo Gutiérrez fez os argentinos partirem para a vitória. Scola converteu seus últimos seis arremessos e o Brasil amargou mais uma queda em competição importante diante do maior carrasco. Já são oito partidas sem bater os argentinos em confrontos de Mundial e Pré-Olímpico -o último triunfo foi no classificatório para Atlanta-1996.
Em 2010, o Brasil encerra sua participação melhor que no Mundial anterior, quando foi 17º. Agora, o time terminará entre nono e 12º.
Desde Indianápolis-2002, o Brasil não chega às quartas. A última medalha está ainda mais distante, nas Filipinas-1978 (bronze).
Como ocorreu em todo o Mundial turco, os brasileiros se esquivaram da imprensa. Splitter recusou-se a responder se a geração atual, que atua junta desde 2002 e acumula derrotas seria tachada como "o time do quase".
Rubén Magnano, campeão olímpico com a Argentina, saiu satisfeito com o desempenho brasileiro. "Saio contente com a imagem que o Brasil deixou neste Mundial", disse o técnico, sem se explicar sobre a imagem.


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