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São Paulo, quarta-feira, 08 de outubro de 2003

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FUTEBOL

Longe do título do Nacional e carente de comandante em campo, time pega Bahia de olho na vaga para a Libertadores

Sem líder, são-paulinos jogam por 2004

ALEC DUARTE
DA REPORTAGEM LOCAL

Sem um líder nato dentro de campo, o São Paulo enfrenta hoje à noite o Bahia, em Salvador, tentando manter suas chances de obter uma vaga na Taça Libertadores da América do ano que vem.
Separados por 12 pontos do líder do Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro, os são-paulinos já não escondem que o título nacional deixou de ser -por pura questão matemática- o principal objetivo do elenco na temporada.
"É uma realidade, não podemos esconder isso do torcedor. O título já é algo muito distante", admitiu o técnico Roberto Rojas.
Os cinco primeiros colocados do Nacional garantem um lugar na Libertadores de 2004.
A outra realidade com a qual a equipe se depara hoje é o vazio de comando no gramado.
O meia Ricardinho, de quem sempre se esperou esse papel, exigiu, após a derrota no clássico para o Santos, que a responsabilidade pelos resultados não seja mais jogada apenas nas suas costas.
O protesto gerou mal-estar e uma curiosa decisão: a partir de agora, segundo Rojas, todos os jogadores serão líderes, situação evidentemente impossível de acontecer na prática. Afinal, um líder, para exercer seu papel, necessita de comandados.
"Não precisamos de um líder, mas de uma vitória", afirmou Ricardinho, minimizando a situação criada por suas declarações após a derrota para os santistas.
O fracasso de sábado não apenas transformou a conquista do título em um sonho distante como passou a ameaçar a classificação ao torneio continental, que o clube não disputa desde 1994.
Hoje, o São Paulo ocupa a quarta posição, com 58 pontos. Em seu encalço vêm Atlético-MG (57), Inter e São Caetano (ambos com 54). "Em nenhum momento caímos da quarta posição. Não será agora", discursou Rojas.
Apesar da necessidade de vitória fora de casa, o treinador não vai abrir mão do esquema com três zagueiros. Absolvido pelo STJD, que o julgou ontem pela expulsão contra o Figueirense, Jean retorna à equipe. Ele atua hoje ao lado de Lugano e Júlio Santos.
No Bahia, a calculadora já entrou em campo. O time ocupa a 22ª posição, com 36 pontos, e o técnico Lula Pereira calcula que precisa de pelo menos mais 14 para evitar o rebaixamento.
"Se vencermos uma partida por 1 a 0 e perdermos duas por goleada, terá sido melhor do que empatar três vezes consecutivas", disse.


Colaborou a Agência Folha

NA TV - Globo, ao vivo, a partir das 21h40


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