DA SUCURSAL DO RIO

O comandante do Gepe (Grupamento Especial de Policiamento em Estádios), major Marcelo Pessoa, afirma que o novo perfil da violência nos estádios não tem relação específica com o esporte. ""Quando você pega algum deles, vê que falta quase tudo, educação, família etc", disse o oficial da PM.
""Nos estádios, somos apenas o médico. Prendemos esses marginais e tentamos evitar que os conflitos aconteçam. Mas resolver essa onda de violência não dá, o problema é muito maior".
Para ilustrar a sua argumentação, ele cita o caso da briga entre torcedores do Flamengo e do Botafogo no ano passado. Na ocasião, eles se enfrentaram na via Dutra, quando voltavam de Volta Redonda. Como não conseguiram comprar ingressos, os dois grupos não entraram no estádio e voltaram sem a escolta da polícia. Na confusão, um torcedor do Botafogo foi morto a golpes de foice e mais de 130 torcedores foram presos. ""Trinta e nove menores foram detidos. Um dia depois, nenhum deles tinha recebido a visita de um familiar. Isso já revela bastante o perfil desses jovens", declarou o policial.0 (SR)


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