São Paulo, segunda-feira, 08 de outubro de 2007

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Após 1º milagre, Alonso luta pelo tri em vôo solo

"Quero fazer do impossível possível", diz piloto espanhol, que afirma não confiar "demais" no chefe de sua equipe

Além dos quatro pontos de desvantagem para o inglês Lewis Hamilton, bicampeão precisa superar obstáculos dentro da própria escuderia

DA ENVIADA A XANGAI

Depois do GP do Japão, Fernando Alonso torcia por um milagre. Ele aconteceu ontem. Agora, quatro pontos atrás de Lewis Hamilton, com dez em disputa, o bicampeão quer mais. "Quero fazer do impossível possível", disse.
Para isso, porém, terá diversos obstáculos. Alguns deles, aliás, dentro da própria equipe. Haja visto a declaração de Ron Dennis, chefe da McLaren, para explicar a demora para trocar os pneus de Hamilton.
"Não estávamos preocupados com o Kimi [Raikkonen]. Não estávamos correndo contra ele, e sim contra o Fernando", afirmou o dirigente. "O Kimi em primeiro e o Lewis em segundo seria o correto, mas não funcionou desta forma."
Apesar de ter disparado contra o time após o treino classificatório -"Dá para ver nas declarações do meu chefe [Dennis] que ele tem um carinho paternal pelo meu parceiro e rival. Portanto não posso confiar demais no que ele faz"-, Alonso ontem foi mais político.
"Tenho certeza de que eu e Lewis teremos carros semelhantes no Brasil. Disso nunca duvidei. Mas o sentimento nunca será favorável a mim."
Mesmo com o clima hostil na McLaren, o segundo lugar deixou-o visivelmente mais animado, apesar do discurso cauteloso sobre suas chances de conquistar o terceiro Mundial seguido, o terceiro no Brasil.
"Esse resultado, sem dúvida, é uma grande ajuda, mas não vai ser nada fácil. Tirar esses quatro pontos de desvantagem para o Lewis em uma prova normal será bem difícil, minha situação ainda é dramática."
Não tão dramática como parecia no começo da corrida de ontem. Largando em quarto, o espanhol viu Hamilton manter a ponta, seguido por Kimi Raikkonen. Ainda na primeira volta, foi para cima de Felipe Massa. Chegou a ultrapassar o ferrarista, mas tomou o troco.
"Mas, como a gente viu hoje, [ontem] a F-1 é imprevisível. Você pode estar longe na 68ª volta das 70 que terá o GP Brasil e na 69ª pode ser o campeão", falou, torcendo para que um novo milagre aconteça. "Se não um milagre, alguma coisa parecida." (TATIANA CUNHA)


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