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Após 1º milagre, Alonso luta pelo tri em vôo solo
"Quero fazer do impossível possível", diz piloto espanhol,
que afirma não confiar "demais" no chefe de sua equipe
Além dos quatro pontos de
desvantagem para o inglês
Lewis Hamilton, bicampeão
precisa superar obstáculos
dentro da própria escuderia
DA ENVIADA A XANGAI
Depois do GP do Japão, Fernando Alonso torcia por um
milagre. Ele aconteceu ontem.
Agora, quatro pontos atrás de
Lewis Hamilton, com dez em
disputa, o bicampeão quer
mais. "Quero fazer do impossível possível", disse.
Para isso, porém, terá diversos obstáculos. Alguns deles,
aliás, dentro da própria equipe.
Haja visto a declaração de Ron
Dennis, chefe da McLaren, para explicar a demora para trocar os pneus de Hamilton.
"Não estávamos preocupados com o Kimi [Raikkonen].
Não estávamos correndo contra ele, e sim contra o Fernando", afirmou o dirigente. "O Kimi em primeiro e o Lewis em segundo seria o correto, mas
não funcionou desta forma."
Apesar de ter disparado contra o time após o treino classificatório -"Dá para ver nas declarações do meu chefe [Dennis] que ele tem um carinho paternal pelo meu parceiro e rival. Portanto não posso confiar
demais no que ele faz"-, Alonso ontem foi mais político.
"Tenho certeza de que eu e
Lewis teremos carros semelhantes no Brasil. Disso nunca
duvidei. Mas o sentimento
nunca será favorável a mim."
Mesmo com o clima hostil na
McLaren, o segundo lugar deixou-o visivelmente mais animado, apesar do discurso cauteloso sobre suas chances de conquistar o terceiro Mundial
seguido, o terceiro no Brasil.
"Esse resultado, sem dúvida,
é uma grande ajuda, mas não
vai ser nada fácil. Tirar esses
quatro pontos de desvantagem
para o Lewis em uma prova
normal será bem difícil, minha
situação ainda é dramática."
Não tão dramática como parecia no começo da corrida de
ontem. Largando em quarto, o
espanhol viu Hamilton manter
a ponta, seguido por Kimi Raikkonen. Ainda na primeira volta,
foi para cima de Felipe Massa.
Chegou a ultrapassar o ferrarista, mas tomou o troco.
"Mas, como a gente viu hoje,
[ontem] a F-1 é imprevisível.
Você pode estar longe na 68ª
volta das 70 que terá o GP Brasil e na 69ª pode ser o campeão", falou, torcendo para que
um novo milagre aconteça. "Se
não um milagre, alguma coisa
parecida."
(TATIANA CUNHA)
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