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Antidoping gera demissão em massa
das agências internacionais
Oito químicos pediram demissão ontem do laboratório Acqua
Acetosa, em Roma, que realiza
exames antidoping para o Comitê
Olímpico Italiano.
O anúncio foi feito pelo secretário da Federação de Medicina Desportiva do país, Michelle Maffei.
O laboratório, que já perdeu seu
diretor, Rosario Nicoletti, demitido no sábado, tinha 12 químicos.
"A situação é difícil. Os químicos
não se sentem apoiados nem em
condições de enfrentar um futuro
incerto", disse Michelle Maffei.
O procurador Raffaele Guarinello vem investigando com maior rigor os exames antidoping realizados na Itália depois das denúncias
feitas pelo técnico tcheco, Zdenek
Zeman, da Roma, de que vários jogadores têm usado substâncias
proibidas no futebol italiano.
O presidente do sindicato dos jogadores italianos, Sergio Campana, marcou uma reunião para esta
segunda-feira, em Milão, na qual
os atletas discutirão o doping.
Sentindo-se perseguidos, os jogadores estudam fazer uma greve.
A crise do doping na Itália já custou o emprego de Mario Pescante,
ex-presidente do Comitê Olímpico
Italiano, e levou importantes craques, como Zidane, Deschamps e
Ronaldinho, a depor na Justiça.
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