São Paulo, quinta, 8 de outubro de 1998

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Antidoping gera demissão em massa


das agências internacionais

Oito químicos pediram demissão ontem do laboratório Acqua Acetosa, em Roma, que realiza exames antidoping para o Comitê Olímpico Italiano.
O anúncio foi feito pelo secretário da Federação de Medicina Desportiva do país, Michelle Maffei.
O laboratório, que já perdeu seu diretor, Rosario Nicoletti, demitido no sábado, tinha 12 químicos.
"A situação é difícil. Os químicos não se sentem apoiados nem em condições de enfrentar um futuro incerto", disse Michelle Maffei.
O procurador Raffaele Guarinello vem investigando com maior rigor os exames antidoping realizados na Itália depois das denúncias feitas pelo técnico tcheco, Zdenek Zeman, da Roma, de que vários jogadores têm usado substâncias proibidas no futebol italiano.
O presidente do sindicato dos jogadores italianos, Sergio Campana, marcou uma reunião para esta segunda-feira, em Milão, na qual os atletas discutirão o doping.
Sentindo-se perseguidos, os jogadores estudam fazer uma greve.
A crise do doping na Itália já custou o emprego de Mario Pescante, ex-presidente do Comitê Olímpico Italiano, e levou importantes craques, como Zidane, Deschamps e Ronaldinho, a depor na Justiça.



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