São Paulo, quinta, 8 de outubro de 1998

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Leão assiste 2º tempo do túnel

do enviado a Santos

Se a chuva obrigou Émerson Leão a deixar a elegância de lado -trocando sapatos por chuteiras pretas, que em nada combinavam com a calça e a camisa social que usava-, o juiz uruguaio conseguiu tirar a paciência do treinador santista. Leão quase o agrediu antes do início do segundo tempo.
O motivo da irritação foi o árbitro ter expulsado o atacante Viola e o zagueiro Jean na etapa inicial, além do próprio treinador, que disse não ter percebido que havia sido mandado para fora.
"Se ele me expulsou no primeiro tempo, eu teria que ter saído na hora. Não saí porque ele não pediu. Só quando voltei para o segundo tempo, fiquei sabendo que tinha sido expulso. Nunca vi uma coisa dessas", bradava Leão.
Quando tomou ciência da expulsão, chegou a invadir o campo e, de dedo em riste, aproximou-se do juiz, sendo contido pela polícia e por seguranças do próprio Santos.
² Esconderijo
Na etapa final, Leão teve de assistir à partida da entrada do túnel que leva ao vestiário santista, "escondido" da vista do árbitro por dois seguranças.
No relatório que será enviado à Confederação Sul-Americana, o trio de arbitragem deve criticar a falta de segurança do estádio da Vila Belmiro, a pressão feita por dirigentes santistas e o comportamento da torcida, que jogou de guarda-chuvas a radinhos de pilha nos atletas argentinos, no juiz e nos bandeirinhas. (JCA)



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