Odepa deve olhar casos do Pan até semana que vem

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

A Odepa (Organização Desportiva Pan-Americana) ainda não se pronunciou sobre os quatro exames aos quais a nadadora Rebeca Gusmão foi submetida durante os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. Mas o mistério pode ser desvendado nos próximos dias.
O Comitê Executivo da entidade deve se reunir, até o final da próxima semana, para deliberar sobre os casos positivos dos Jogos continentais.
"Até agora, não temos informação sobre doping. O informe final será entregue aos membros do Comitê Executivo da Odepa, que irão decidir sobre o assunto", disse à Folha Reynaldo González, diretor da Odepa.
De acordo com Eduardo de Rose, membro da Comissão Médica da Odepa e responsável pelos controles nos Jogos do Rio, tal relatório já foi enviado aos dirigentes da entidade.
Há 14 membros da Odepa com direito a voto, sendo que o único brasileiro que faz parte desse grupo é Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro).
Rebeca Gusmão passou por testes durante o Pan nos dias 12, 18, 22 e 29 de julho. No dia 13, exame promovido pela Fina (Federação Internacional de Natação) apontou a presença de altos índices de testosterona, hormônio com efeito anabolizante sobre a musculatura.
Independentemente dos resultados desses quatro exames, entretanto, Rebeca pode perder as quatro medalhas do Pan-2007 (dois ouros, um dos 50 m livre e outro dos 100 m livre, uma prata, a do 4 x 100 m livre, e um bronze, o do 4 x 100 m medley), caso seja punida.
"Nós estamos aguardando o final do processo da Fina", afirma González. Rebeca alegava, como defesa, que todos os testes realizados pela Odepa não tiveram resultado positivo. De Rose, no entanto, afirmou que esses testes, oficialmente, ainda não são negativos.
Anteontem, a nadadora brasiliense reuniu-se com Breno Tannuri e André Ribeiro, seus advogados, para discutir seu caso. Ela irá acompanhar a análise da amostra B de sua urina no dia 23, no laboratório de Montréal (Canadá).


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