São Paulo, segunda-feira, 08 de novembro de 2010 |
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JUCA KFOURI Escrita mantida
AINDA FALTAM três jogos para o Corinthians empatar com a escrita que o São Paulo manteve sobre ele entre junho de 2003 e julho de 2007, com nove vitórias em 14 jogos. O Corinthians completará os mesmos quatro anos sem perder para o rival, mas conseguiu ontem sua sétima vitória em 11 jogos e terá de aguardar até 27 de março do ano que vem, pelo Paulistinha, para tentar diminuir a diferença. O que, nesta altura do Campeonato Brasileiro, não tem a menor importância diante da relevância do 2 a 0 que o Morumbi, com mais de 40 mil torcedores, testemunhou no domingo. Porque além de manter o alvinegro no topo da tabela, a vitória voltou a mostrar um Corinthians de personalidade e com a autoridade dos que sabem se impor na hora certa, em meio a uma certa eletricidade inexplicável que distinguem os times campeões e que o corintiano sente sem saber o que é. Verdade que não é só o Corinthians que vive tal momento porque, por exemplo, o Mosqueteiro do Rio Grande do Sul vive fase ainda mais iluminada, a ponto de não poder ser descartado que faça o milagre de descontar os oito pontos que o separam do líder Flu, e os sete de Corinthians e Cruzeiro. Mas é claro que quando o foco fecha no trio que lidera não se pode deixar de notar que o Corinthians readquiriu aquele ar que Fluminense e Cruzeiro não perderam nem mesmo em seus piores momentos no Brasileirão: o ar de quem acredita tanto no próprio taco que pode se submeter a sufocos como chegou a levar do São Paulo sem perder a calma e a frieza para matar o jogo assim que tiver oportunidade, como Dentinho teve ao fazer o segundo gol. Se ontem, mais uma vez, o jovem goleiro Júlio César foi essencial, e se, novamente, a presença de Ronaldo Fenômeno cumpriu mais um papel psicológico do que técnico, a defesa e o meio-campo foram de categórica eficácia, a ponto de gelar o Morumbi na quente tarde paulistana, com um sol a rigor para curtir as delícias do Majestoso. Curiosamente, o Corinthians tem vencido o São Paulo quase sempre do mesmo modo. Outro dia mesmo era Cristian o elemento que fazia a diferença no time, como ultimamente tem sido Elias, embora, ontem, Jucilei também tenha sido fundamental. A próxima rodada reserva uma moleza ao Flu, que recebe o vice-lanterna Goiás e um confronto sensacional, no Pacaembu, no sábado, entre Corinthians e Cruzeiro. Será bom viver para ver. blogdojuca@uol.com.br Texto Anterior: A rodada: Flu triunfa no clássico e mantém a liderança Próximo Texto: Atletismo: NY aposenta recordista mundial Índice | Comunicar Erros |
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