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Serginho tomou droga imprópria para seu caso
DA REPORTAGEM LOCAL
Um exame de sangue de 11 de
agosto mostra que Serginho tomava digoxina, utilizada para
tratar insuficiência cardíaca.
O documento, incluído no
prontuário do zagueiro no Incor e no inquérito, contesta a
versão da família: a de que ele
jamais tomou medicações.
O exame, realizado na clínica
São Caetano Saúde, tem como
médico requerente Paulo Forte, da equipe do ABC paulista.
"Esse exame será encaminhado à Unifesp com os outros
laudos para análise de como se
relacionam o diagnóstico do
Incor, a causa da morte e o remédio que lhe era ministrado"
afirma o promotor Rogério
Leão Zagallo. Ele deve denunciar Nairo Ferreira de Souza e
Paulo Forte por homicídio doloso. Anteontem, o STJD já os
suspendeu do futebol por 2
anos e 4 anos, respectivamente,
e multou o clube em R$ 50 mil.
Nabil Ghorayeb, presidente
do Departamento de Esporte
da Sociedade Brasileira de Cardiologia, disse à Folha que a digoxina é considerada proibida
para miocardiopatia hipertrófica -problema de Serginho- e, no seu entender, "esquisita em atletas de alto nível",
por diminuir a pulsação. "Como atletas tendem a ser bradicardíacos [reduzem o batimento a menos de 60 por minuto],
há risco de arritmia. É como tocar piano com luva de boxe."
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