MANUELA MARTINEZ
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

Laudo do DPT (Departamento de Polícia Técnica) divulgado ontem mostrou que a estrutura da Fonte Nova era incompatível com o número de torcedores que acompanharam os jogos do Bahia durante a disputa do octogonal decisivo da Série C.
Os peritos constataram que o estádio está com infiltrações em diversos setores, ferros expostos, aço corroído e pedaços de concreto fora do lugar por falta de aderência.
No dia 25 de novembro, no jogo entre Bahia e Vila Nova-GO, uma parte do anel superior da arquibancada desabou, provocando a morte de sete pessoas e deixando 87 feridos. Todos os mortos caíram de uma altura de 20 metros.
Dentro da Fonte Nova havia 60.007 pagantes -outros 15 mil que estavam do lado de fora do estádio para comemorar o acesso à Série B forçaram as catracas e invadiram para festejar com os jogadores. O laudo apresentado pelo DPT, que não aponta culpados, será anexado ao inquérito.
Anteontem, o Ministério Público da Bahia encaminhou à Justiça uma ação civil pública com pedido de liminar contra a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), o Bahia, a FBF (Federação Bahiana de Futebol) e a Polícia Militar do Estado.
Na ação, o Ministério Público pede o afastamento dos dirigentes do Bahia e recomenda que a CBF não organize partidas em estádios com condições e instalações precárias.


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