São Paulo, quarta-feira, 08 de dezembro de 2010

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Empreiteira prevê de 8 a 10 estádios

COPA-14
Evento com 12 sedes é inviável, diz presidente da Odebrecht


JANAINA LAGE
DO RIO

O presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedito Barbosa da Silva Júnior, disse ontem que, diante das dificuldades de alguns Estados em viabilizar a construção de arenas, o número de sedes da Copa-2014 pode ser revisto.
Silva Júnior disse que, em sua avaliação, o número de sedes poderia ser reduzido para oito a dez cidades.
A Odebrecht Infraestrutura participa da construção de quatro arenas para a Copa: em Recife, Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo. O executivo disse que a empreiteira só está em projetos de arenas que julga viáveis economicamente após o final da Copa.
"Não enxergo 12 sedes como viáveis. Acho que, ao longo do tempo, isso vai se ajustar para oito ou dez sedes. Isso vai ser uma coisa natural. Parece algo chocante para as pessoas, mas alguns estádios vão ter dificuldade para sustentar seus investimentos."
Silva Júnior afirmou ainda que, diante de problemas estruturais, de licitação e de demanda após a Copa, os governos que estão investindo poderiam refazer os planos. Defendeu também que os projetos que já estão em andamento sejam concluídos.
O executivo esteve ontem do seminário "O Brasil e os desafios do novo ciclo de desenvolvimento", promovido pela "Carta Capital", no Rio.
Silva Júnior afirmou que a revisão do projeto do estádio de Itaquera, em São Paulo, deve ser concluída até o dia 15. Após a aprovação do Corinthians, o projeto será encaminhado ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que financia a construção das arenas da Copa.
Entre os exemplos de estádios com dificuldades, citou a arena de Natal, que teve a licitação suspensa por falta de empresas interessadas em erguer a arena. Ontem, representantes da cidade se reuniram com Carlos de la Corte, consultor de estádios do Comitê Organizador Local.
Natal prometeu que uma nova licitação para a Arena das Dunas será lançada até o final do ano, e que as obras começarão até março.
"Acredito que vão conseguir o prazo e que a obra está dentro do previsto. É um estádio pequeno, para 40 mil pessoas", disse o presidente do COL, Ricardo Teixeira.


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