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São Paulo se poupa para encarar a Libertadores
Comissão técnica diz que usará 12 primeiros jogos do Paulista como preparação
Preparador físico festeja boa condição física geral dos atletas na reapresentação; André Dias e Dagoberto voltam com menos gordura
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Com apenas nove dias para
pré-temporada, a comissão técnica do São Paulo não tem ilusões de deixar o time pronto
para a estréia do Paulista, contra o Guaratinguetá, na quinta-feira da próxima semana.
"Estamos trabalhando para a
estréia na Libertadores", afirma o preparador físico Carlinhos Neves. "Nunca gostei de
dizer isso para que não parecesse menosprezo, mas é a verdade", afirma o responsável pelo
condicionamento do time.
O técnico Muricy Ramalho
concorda. "Hoje não existe trabalho técnico separado do físico. Nós estamos conscientes de
que o time precisa estar inteiro
para a estréia na Libertadores."
O primeiro jogo do São Paulo
pela taça continental é no dia
27 de fevereiro, contra o Nacional de Medellín (COL). Antes,
terá enfrentado 12 clubes, sendo dois dos jogos clássicos, contra Corinthians e Santos.
Segundo Neves, o ideal seria
ter um mês de férias e outro de
pré-temporada, com alguns jogos-treino. Diante da impossibilidade, a decisão é usar os jogadores com parcimônia nos
primeiros jogos no Estadual.
Não significa usar times mistos, mas poupar esforços excessivos no começo da temporada.
Menos mal que não há ninguém tão rechonchudo. Nos
dois primeiros dias, os atletas
passaram por trabalhos de força e resistência específica, com
resultados satisfatórios.
"Todo ano, reparamos que os
jogadores estão chegando mais
bem condicionados que no ano
anterior", constata Neves.
Os casos mais notórios são os
de André Dias e Dagoberto. Segundo a comissão técnica, ambos voltaram com um percentual de gordura menor que o do
fim da temporada de 2007.
O volante Richarlyson obteve os melhores resultados no
teste de ontem, que simula o
desgaste durante as partidas.
"No dia 1º de janeiro, comecei a fazer uma esteira. Acabou
essa coisa do boleirão, do jogador que não se cuida. Aqui a
concorrência é muito grande, e
quem voltar mal vai ficar para
trás", afirma o jogador, que é
visto no São Paulo como um
verdadeiro superatleta.
"Você olha para ele no fim do
jogo e pode ver que tem condições de jogar mais uma partida
inteira", diz Muricy. "A gente já
sabe que ele vai ser o melhor. O
que surpreende é que outros
também voltaram muito bem."
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