São Paulo, quarta-feira, 09 de janeiro de 2008

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São Paulo se poupa para encarar a Libertadores

Comissão técnica diz que usará 12 primeiros jogos do Paulista como preparação

Preparador físico festeja boa condição física geral dos atletas na reapresentação; André Dias e Dagoberto voltam com menos gordura


MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Com apenas nove dias para pré-temporada, a comissão técnica do São Paulo não tem ilusões de deixar o time pronto para a estréia do Paulista, contra o Guaratinguetá, na quinta-feira da próxima semana.
"Estamos trabalhando para a estréia na Libertadores", afirma o preparador físico Carlinhos Neves. "Nunca gostei de dizer isso para que não parecesse menosprezo, mas é a verdade", afirma o responsável pelo condicionamento do time.
O técnico Muricy Ramalho concorda. "Hoje não existe trabalho técnico separado do físico. Nós estamos conscientes de que o time precisa estar inteiro para a estréia na Libertadores."
O primeiro jogo do São Paulo pela taça continental é no dia 27 de fevereiro, contra o Nacional de Medellín (COL). Antes, terá enfrentado 12 clubes, sendo dois dos jogos clássicos, contra Corinthians e Santos.
Segundo Neves, o ideal seria ter um mês de férias e outro de pré-temporada, com alguns jogos-treino. Diante da impossibilidade, a decisão é usar os jogadores com parcimônia nos primeiros jogos no Estadual. Não significa usar times mistos, mas poupar esforços excessivos no começo da temporada.
Menos mal que não há ninguém tão rechonchudo. Nos dois primeiros dias, os atletas passaram por trabalhos de força e resistência específica, com resultados satisfatórios.
"Todo ano, reparamos que os jogadores estão chegando mais bem condicionados que no ano anterior", constata Neves.
Os casos mais notórios são os de André Dias e Dagoberto. Segundo a comissão técnica, ambos voltaram com um percentual de gordura menor que o do fim da temporada de 2007.
O volante Richarlyson obteve os melhores resultados no teste de ontem, que simula o desgaste durante as partidas.
"No dia 1º de janeiro, comecei a fazer uma esteira. Acabou essa coisa do boleirão, do jogador que não se cuida. Aqui a concorrência é muito grande, e quem voltar mal vai ficar para trás", afirma o jogador, que é visto no São Paulo como um verdadeiro superatleta.
"Você olha para ele no fim do jogo e pode ver que tem condições de jogar mais uma partida inteira", diz Muricy. "A gente já sabe que ele vai ser o melhor. O que surpreende é que outros também voltaram muito bem."


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