São Paulo, sexta-feira, 09 de janeiro de 2009

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Um ano depois, Palmeiras reclama da bola do Paulista

Jogadores criticam modelo a ser utilizado no torneio que, de novidade em relação ao de 2008, tem apenas o design

Segundo a Topper, apenas as cores, alusivas à bandeira do Estado, foram mudadas, inovação que já resultou em críticas das equipes em 2005

RENAN CACIOLI
ENVIADO ESPECIAL A ATIBAIA

"Mais rápida", "mais lisa", "estranha", "sem pressão". Não faltaram reclamações dos jogadores do Palmeiras a respeito da bola que será utilizada no Paulista-2009. O detalhe é que apenas o design foi alterado em relação ao modelo anterior.
"A bola deste ano é a mesma do ano passado. O que mudou foram as cores, que são alusivas à bandeira do Estado de São Paulo", informou a Topper, fabricante da bola, por meio de sua assessoria de imprensa.
Entre os goleiros palmeirenses, que treinam desde terça- -feira com as polêmicas bolas, a falta de aderência é uma das principais reclamações.
"Se a gente enxuga o suor do rosto e molha as luvas, não tem luva que a segure", diz Bruno, 24, segundo goleiro do time. "Ela até balança menos, mas é muito mais rápida", afirma.
Durante o treino específico para os arqueiros realizado ontem pela manhã, por diversas vezes os atletas trocavam ideias com o consultor técnico da equipe, Valdir Joaquim de Moraes, ex-arqueiro do Palmeiras e ex-preparador de goleiros.
"Você viu o que ela fez?", indagou Deola, 25, terceiro goleiro, após quase ser traído pelo quique da bola. "Mas não adianta chorar, né?", rebateu Moraes. "Eu sei, a gente vai se adaptar", respondeu Deola.
No intervalo entre uma sequência de finalizações e outra, Bruno desabafou com Rafael "Dida", 19, quarto arqueiro palmeirense. "É muito ruim, cara."
O próprio Valdir Joaquim de Moraes não aprovou o objeto. "Ela parece mais lisa."
Até os jogadores de linha do clube do Parque Antarctica mostraram-se insatisfeitos. "A bola está muito ruim, não tem pressão. Tem hora que você chuta e ela vai, em outras não, fica presa. Está meio estranha", afirmou o meia Diego Souza.
Nem a única inovação em relação à bola de 2008 escapou das críticas. As cores (amarelo, vermelho, preto e branco) deverão, segundo os goleiros, complicar a vida de todos os camisas 1 em partidas noturnas.
"Há alguns anos, teve uma cinza que dificultava quando o jogo era à noite", disse Deola.
Foi em 2005 que a Federação Paulista de Futebol e a Topper inovaram. Após reclamações veementes das equipes, o campeonato seguinte já contou com o retorno do tradicional modelo na cor branca.
A bola do torneio deste ano, que começará no dia 21, será lançada na próxima quinta-feira. A Topper afirma que ela trará somente mais uma mudança, tendo em vista que o logo da empresa será modificado.


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