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Um ano depois, Palmeiras reclama da bola do Paulista
Jogadores criticam modelo a ser utilizado no torneio que, de novidade em relação ao de 2008, tem apenas o design
Segundo a Topper, apenas as cores, alusivas à bandeira do Estado, foram mudadas, inovação que já resultou em críticas das equipes em 2005
RENAN CACIOLI
ENVIADO ESPECIAL A ATIBAIA
"Mais rápida", "mais lisa",
"estranha", "sem pressão". Não
faltaram reclamações dos jogadores do Palmeiras a respeito
da bola que será utilizada no
Paulista-2009. O detalhe é que
apenas o design foi alterado em
relação ao modelo anterior.
"A bola deste ano é a mesma
do ano passado. O que mudou
foram as cores, que são alusivas
à bandeira do Estado de São
Paulo", informou a Topper, fabricante da bola, por meio de
sua assessoria de imprensa.
Entre os goleiros palmeirenses, que treinam desde terça-
-feira com as polêmicas bolas, a
falta de aderência é uma das
principais reclamações.
"Se a gente enxuga o suor do
rosto e molha as luvas, não tem
luva que a segure", diz Bruno,
24, segundo goleiro do time.
"Ela até balança menos, mas é
muito mais rápida", afirma.
Durante o treino específico
para os arqueiros realizado ontem pela manhã, por diversas
vezes os atletas trocavam ideias
com o consultor técnico da
equipe, Valdir Joaquim de Moraes, ex-arqueiro do Palmeiras
e ex-preparador de goleiros.
"Você viu o que ela fez?", indagou Deola, 25, terceiro goleiro, após quase ser traído pelo
quique da bola. "Mas não
adianta chorar, né?", rebateu
Moraes. "Eu sei, a gente vai se
adaptar", respondeu Deola.
No intervalo entre uma sequência de finalizações e outra,
Bruno desabafou com Rafael
"Dida", 19, quarto arqueiro palmeirense. "É muito ruim, cara."
O próprio Valdir Joaquim de
Moraes não aprovou o objeto.
"Ela parece mais lisa."
Até os jogadores de linha do
clube do Parque Antarctica
mostraram-se insatisfeitos. "A
bola está muito ruim, não tem
pressão. Tem hora que você
chuta e ela vai, em outras não,
fica presa. Está meio estranha",
afirmou o meia Diego Souza.
Nem a única inovação em relação à bola de 2008 escapou
das críticas. As cores (amarelo,
vermelho, preto e branco) deverão, segundo os goleiros,
complicar a vida de todos os camisas 1 em partidas noturnas.
"Há alguns anos, teve uma
cinza que dificultava quando o
jogo era à noite", disse Deola.
Foi em 2005 que a Federação
Paulista de Futebol e a Topper
inovaram. Após reclamações
veementes das equipes, o campeonato seguinte já contou
com o retorno do tradicional
modelo na cor branca.
A bola do torneio deste ano,
que começará no dia 21, será
lançada na próxima quinta-feira. A Topper afirma que ela trará somente mais uma mudança, tendo em vista que o logo da
empresa será modificado.
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