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FUTEBOL
Diante do São Caetano, jogadores do Corinthians têm a missão de assimilar melhor as inovações feitas pelo técnico
Geninho tenta acabar com estilo confuso
RICARDO PERRONE
DA REPORTAGEM LOCAL
A torcida do Corinthians ainda
não esqueceu Carlos Alberto Parreira. E os jogadores muito menos. Hoje, contra o São Caetano,
às 17h, no Pacaembu, os atletas
tentarão superar de vez as dificuldades encontradas para assimilar
o estilo de Geninho.
Eles admitem ainda se confundir em campo por causa das mudanças na maneira de jogar.
Mesmo com as críticas de parte
da torcida e a tendência que seus
comandados têm de jogar como
nos tempos de Parreira, Geninho
não abre mão das alterações que
já começou a implantar.
"Ele pediu para a gente fazer algumas coisas diferentes. Às vezes,
a gente se confunde, mas o time
vai continuar batendo na mesma
tecla, até dar certo", disse Gil.
Um dos sonhos do treinador é
ver a equipe alternar a cadenciada
troca de passes da era Parreira
com lançamentos para explorar a
rapidez de Gil.
"Contra o Cruz Azul, eles usaram os lançamentos até demais.
E, ao mesmo tempo, a qualidade
dos passes piorou, isso não pode
acontecer", reclamou Geninho.
Ele também não acabou com o
vício do time de atuar mais pelo
lado esquerdo, com Kléber e Gil.
O lateral ganhou liberdade para
jogar também no meio-campo.
"Quero ele fazendo lançamentos
e ajudando a armar as jogadas."
Na vitória por 1 a 0 sobre os mexicanos, quarta-feira, ele já atuou
dessa maneira, ajudando a superar a ausência de um armador.
Outra alteração que provocou
problemas de adaptação é a entrada de Liedson no lugar de Deivid,
negociado com o Cruzeiro. "O Gil
estava acostumado a atuar do lado de um jogador forte nos lances
aéreos, mas agora joga com um
que é melhor nas bolas rasteiras.
Ele está tentando se adaptar."
A inovação que mais deu resultado até agora aconteceu na marcação. Os corintianos estão fazendo mais faltas e só tomaram um
gol em quatro jogos.
A média agora é de 21,8 faltas
por jogo, de acordo com o Datafolha. No Brasileiro do ano passado,
a média foi de 18,6 infrações.
"Pedi para os nossos jogadores
marcarem os adversários mais de
perto. Isso acaba provocando
mais faltas", explicou Geninho.
Outro fator que difere o Corinthians atual do campeão de 2002 é
a insistência em jogadas ensaiadas. A equipe testou duas variações e prepara mais. Contra o Botafogo, Liedson marcou após cobrança de falta de Renato.
No jogo de hoje, Geninho irá
manter o mesmo time que começou a partida contra o Cruz Azul.
O meia Jorge Wagner ainda faz
trabalho físico para ganhar resistência, visando os jogos na Cidade
do México, contra o Cruz Azul, e
em La Paz, na Bolívia, contra o
The Strongest, pela Libertadores.
Se vencerem, os corintianos,
que lideram o Grupo 3 com sete
pontos, ficarão perto da vaga para
a próxima fase do Paulista. O São
Caetano é o terceiro, com seis
pontos e um jogo a menos.
NA TV - Sportv, ao vivo,
às 17h
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