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São Paulo, domingo, 09 de fevereiro de 2003

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FUTEBOL

Diante do São Caetano, jogadores do Corinthians têm a missão de assimilar melhor as inovações feitas pelo técnico

Geninho tenta acabar com estilo confuso

RICARDO PERRONE
DA REPORTAGEM LOCAL

A torcida do Corinthians ainda não esqueceu Carlos Alberto Parreira. E os jogadores muito menos. Hoje, contra o São Caetano, às 17h, no Pacaembu, os atletas tentarão superar de vez as dificuldades encontradas para assimilar o estilo de Geninho.
Eles admitem ainda se confundir em campo por causa das mudanças na maneira de jogar.
Mesmo com as críticas de parte da torcida e a tendência que seus comandados têm de jogar como nos tempos de Parreira, Geninho não abre mão das alterações que já começou a implantar.
"Ele pediu para a gente fazer algumas coisas diferentes. Às vezes, a gente se confunde, mas o time vai continuar batendo na mesma tecla, até dar certo", disse Gil.
Um dos sonhos do treinador é ver a equipe alternar a cadenciada troca de passes da era Parreira com lançamentos para explorar a rapidez de Gil.
"Contra o Cruz Azul, eles usaram os lançamentos até demais. E, ao mesmo tempo, a qualidade dos passes piorou, isso não pode acontecer", reclamou Geninho.
Ele também não acabou com o vício do time de atuar mais pelo lado esquerdo, com Kléber e Gil.
O lateral ganhou liberdade para jogar também no meio-campo. "Quero ele fazendo lançamentos e ajudando a armar as jogadas."
Na vitória por 1 a 0 sobre os mexicanos, quarta-feira, ele já atuou dessa maneira, ajudando a superar a ausência de um armador.
Outra alteração que provocou problemas de adaptação é a entrada de Liedson no lugar de Deivid, negociado com o Cruzeiro. "O Gil estava acostumado a atuar do lado de um jogador forte nos lances aéreos, mas agora joga com um que é melhor nas bolas rasteiras. Ele está tentando se adaptar."
A inovação que mais deu resultado até agora aconteceu na marcação. Os corintianos estão fazendo mais faltas e só tomaram um gol em quatro jogos.
A média agora é de 21,8 faltas por jogo, de acordo com o Datafolha. No Brasileiro do ano passado, a média foi de 18,6 infrações.
"Pedi para os nossos jogadores marcarem os adversários mais de perto. Isso acaba provocando mais faltas", explicou Geninho.
Outro fator que difere o Corinthians atual do campeão de 2002 é a insistência em jogadas ensaiadas. A equipe testou duas variações e prepara mais. Contra o Botafogo, Liedson marcou após cobrança de falta de Renato.
No jogo de hoje, Geninho irá manter o mesmo time que começou a partida contra o Cruz Azul.
O meia Jorge Wagner ainda faz trabalho físico para ganhar resistência, visando os jogos na Cidade do México, contra o Cruz Azul, e em La Paz, na Bolívia, contra o The Strongest, pela Libertadores.
Se vencerem, os corintianos, que lideram o Grupo 3 com sete pontos, ficarão perto da vaga para a próxima fase do Paulista. O São Caetano é o terceiro, com seis pontos e um jogo a menos.

NA TV - Sportv, ao vivo, às 17h

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