FERNANDO ITOKAZU
ENVIADO ESPECIAL A HELSINBORG

O Brasil atropelou o planejamento dos adversários, venceu a partida de duplas e está a somente um triunfo da vitória no confronto contra a Suécia, em Helsinborg, pela primeira rodada do Grupo Mundial da Copa Davis.
Gustavo Kuerten e André Sá derrotaram Jonas Bjorkman e Magnus Larsson por 3 sets a 2 (6/ 4, 2/6, 5/7, 6/2 e 6/2) ontem.
"Nossa energia foi lá em cima, e não demos chance para eles no quarto e no quinto set", disse Sá.
Mats Wilander, capitão da equipe sueca, havia dito que a chave para o triunfo de sua equipe seria as vitórias em duplas e contra o tenista número dois do Brasil, já que não apostava numa vitória contra Kuerten. Na sexta, Guga bateu Vinciguerra, e Bjorkman empatou o duelo ao derrotar Sá.
Os suecos eram favoritos para o jogo de ontem -Bjorkman é o sexto no ranking de duplas. Mas foi justamente no saque de Bjorkman que o Brasil encontrou o caminho para vencer o primeiro set. Ao perder seus dois primeiros serviços, ele permitiu que os rivais abrissem 3 a 1. A dupla brasileira ainda desperdiçou um serviço, mas fechou em 6/4.
Os suecos reagiram, venceram os dois sets seguintes, mas perderam o saque duas vezes na quarta parcial e cederam o empate.
No quinto set, os brasileiros abriram logo 4 a 0 e só precisaram administrar para fechar em 6/2.
Hoje, pela programação inicial, que pode ser alterada, a rodada tem início com Kuerten e Bjorkman. Na sequência, Sá e Vinciguerra fazem o quinto jogo.
Se sair vitorioso, o Brasil conquista uma marca inédita. Desde o advento do Grupo Mundial, em 1981, nunca o país conseguiu triunfar fora de suas fronteiras no carpete. Brasil e Suécia nunca haviam se enfrentado na Davis. E, por sorteio, os adversários tiveram o privilégio de abrigar os jogos e escolher o tipo de quadra.
Das nove vezes em que o Brasil atuou como visitante desde 1981 em cinco os rivais escolheram o carpete como piso da disputa e nas cinco ficaram com a vitória.
A única vez que os brasileiros venceram fora de casa um confronto na elite da Davis, foi em 1999, contra a Espanha no saibro.
"Se a gente vencer agora, será um marco histórico. A Suécia é um país tão tradicional do tênis. Isso motiva bastante a gente", disse Guga, tricampeão em Roland Garros, cuja melhor campanha na Davis foi a semifinal de 2000, quando o Brasil caiu diante da Austrália jogando na Oceania.
A Suécia acumula sete títulos da Copa Davis e só ficou de fora da elite da competição uma vez desde a criação do Grupo Mundial.

NA TV - Suécia x Brasil, às 12h, ao vivo, na Sportv


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