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Blindado contra elogios, Massa nega favoritismo
Piloto embarca no domingo para a etapa de abertura do Mundial, na Austrália
Após bom desempenho
na pré-temporada da F-1, ferrarista diz acreditar que a McLaren, a BMW e a Renault são as maiores ameaças
Gustavo Scatena/Folha Imagem
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Felipe Massa concede entrevista em hotel de São Paulo antes de viajar para o GP da Austrália |
DA REPORTAGEM LOCAL
Fernando Alonso, Jacques
Villeneuve, Flavio Briatore,
Bernie Ecclestone, Luca di
Montezemolo. Estes são apenas alguns dos nomes que se
disseram impressionados com
o desempenho de Felipe Massa
na pré-temporada ou que consideram o brasileiro um dos favoritos para o Mundial de F-1.
Mas, a menos de uma semana dos primeiros treinos na
Austrália para a abertura da
temporada, o ferrarista faz
questão de ir na contramão
desse discurso. "Não sou favorito, não acho que eu esteja por
cima de todo mundo", afirmou
ontem, durante encontro com
a imprensa em São Paulo.
"Eu nunca vou pensar assim.
Acho que estou num momento
bom, cresci bastante, amadureci. E o que as pessoas falam a
meu respeito não vai mudar o
meu jeito", disse Massa, 25.
"Claro que é legal ouvir as pessoas falando de mim, mas não é
o mais importante, mesmo
porque amanhã elas podem estar falando outra coisa."
O ferrarista teve o melhor desempenho da pré-temporada,
que terminou na semana passada, no Bahrein, se consideradas apenas as melhores voltas.
Dos 20 dias de treinos que fez,
Massa foi o mais veloz em nove.
"Acho que fizemos treinos
muito bons. Nosso carro já nasceu bem, e desde o começo
achei ele mais fácil de trabalhar
do que o do ano passado."
Sobre as adversárias, apontou McLaren, BMW e Renault,
nesta ordem, como as principais ameaças à Ferrari, a favorita em sua concepção.
Massa, que vai para a segunda temporada como titular da
equipe italiana (já teve Michael
Schumacher como companheiro, agora tem Kimi Raikkonen),
disse que a pressão por estar
entre os favoritos não o aflige.
"Na minha carreira, sempre foi
assim, desde os tempos de kart.
Se não conseguisse dinheiro,
não corria. Sempre tive contratos de um ano: ou trabalhava
direito ou alguém ocupava meu
lugar no ano seguinte."
O piloto fica no Brasil até domingo, quando viaja para Melbourne. "O que eu mais quero é
vencer, mas tenho que pensar
que é um campeonato longo. O
importante é começar bem e
marcar o maior número possível de pontos", declarou.
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