Atacante entra no 2º tempo, muda cenário do clássico, arranca empate e derruba até alambrado de Presidente Prudente

Palmeiras 1
Corinthians 1

Ricardo Nogueira/Folha Imagem

Ronaldo cabeceia para marcar seu primeiro gol com a camisa do Corinthians, que impediu a derrota da equipe para o Palmeiras

RENAN CACIOLI
RODRIGO BUENO
ENVIADOS ESPECIAIS A PRESIDENTE PRUDENTE

Ronaldo foi o melhor. Do mundo, três vezes. Do Palmeiras x Corinthians, uma vez. Ontem. Nem o maior dos fãs do Fenômeno poderia esperar um reencontro dele com o bom futebol e as redes de forma tão emocionante, decisiva, épica.
Faltando poucos segundos para acabarem os acréscimos do Dérbi, Ronaldo fez um dos gols mais importantes de uma das mais vitoriosas e impressionantes carreiras da história do futebol mundial. E foi de cabeça, o ponto fraco do centroavante, que completou de vez a sua terceira volta por cima.
"Eu arrisco, eu busco as ocasiões, eu não tenho medo de errar", falou Ronaldo, pouco após o empate de 1 a 1 entre Palmeiras e Corinthians. Igualdade no placar, vitória do maior artilheiro das Copas do Mundo.
Mesmo antes do gol, ele já podia ser eleito o melhor jogador do clássico em Presidente Prudente. Carimbou o travessão palmeirense com espetacular chute de fora da área. Criou jogadas praticamente sozinho. Mudou a história do jogo que era favorável ao arquirrival.
A estreia contra o Itumbiara, na última quarta-feira, deixou dúvidas sobre a real capacidade de Ronaldo voltar em alto nível. Ontem, ele provou de novo que é mesmo um fora-de-série.
Após seu gol, uma comemoração enlouquecida ultrapassou os limites do campo, da arquibancada e da rivalidade. Até palmeirenses aplaudiram de pé o empate corintiano. Os alvinegros então foram ao alambrado comemorar com o novo ídolo. Com Ronaldo e quase todo o time do Corinthians pendurados, o alambrado ruiu.
"Só coisas boas passaram na minha cabeça no momento. Estou radiante. Estou muito feliz pela vitória, quer dizer, pelo empate, e pelo gol", afirmou o homem que tomou de novo conta do noticiário internacional como atleta de verdade, exemplo de superação.
Há pouco mais de um ano e um mês, uma segunda lesão grave de joelho pôs em dúvida a possibilidade de ele voltar a atuar. Sete anos mais velho do que em 2002, quando ganhou o mundo e assombrou incrédulos, Ronaldo, 32, está de volta.


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