Técnico rechaça euforia com a promessa do clube

DA REPORTAGEM LOCAL

A estreia foi em grande estilo. Com o nome gritado por todo o estádio, o meia-atacante Neymar, tido pelos santistas como "o novo Robinho", entrou em campo pela primeira vez como jogador profissional do time do litoral e foi decisivo para a vitória contra o Oeste por 2 a 1, anteontem, no Pacaembu.
O técnico do Santos, Vagner Mancini, admitiu, depois do jogo, que a entrada do garoto de 17 anos foi determinante para o triunfo santista.
Mas, em seguida, pediu cautela com o jogador, que, na última sexta-feira, renovou o seu contrato com o Santos e antes mesmo de atuar no time principal já garantira um salário de R$ 80 mil -em contrapartida, concordou com uma multa rescisória de R$ 90 milhões.
"Ele jogou muito bem e deu para perceber que não sentiu a responsabilidade", afirmou o treinador. Mas completou: "Ainda é cedo para Neymar ser tido como titular. Vamos dar um passo de cada vez, sem euforia. Quando estiver na hora de jogar, ele será escalado".
O jogador segue o mesmo discurso de Mancini. E diz não se importar em permanecer, nas próximas partidas, como opção no banco de reservas alvinegro. "Tenho paciência e muito a aprender até virar titular", declarou Neymar.
Tanto a comissão técnica como a diretoria santista tentam conter a euforia em relação à estreia do meia-atacante.
Na última sexta-feira, após treino em Santos, Mancini afirmou que Neymar é um diamante bruto, que, aos poucos, precisa ser lapidado, sem afobação.
"Não podemos depositar no Neymar o novo Robinho, o novo Pelé. Até porque ele fatalmente vai oscilar muito no início e temos que ter paciência", declarou o treinador.
O presidente do clube, Marcelo Teixeira, concorda. "Tenho muita esperança no jogador, mas sou prudente. Neymar ainda tem um longo caminho", afirmou o dirigente.


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