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"Estádio-prisão" é criticado
da Reportagem Local
O clima de "prisão" que domina os estádios paulistas é
apontado por dirigentes de outros Estados e por torcedores
como um dos principais motivos do afastamento do público.
Consequência da violência
que explodiu entre torcidas organizadas no início da década,
várias restrições foram impostas ao torcedor paulista. Hoje,
nos estádios, são proibidos:
torcida organizada, cerveja,
bandeiras e faixas, instrumentos musicais, fogos de artifício.
Em Minas, onde não há as
restrições, o público pagante
no Mineirão nos dois últimos
finais de semana, num torneio
reunindo Atlético, Cruzeiro,
América e Vila Nova, foi de 40
mil e 42 mil, respectivamente.
Boa parte do público vai a
campo mais pela combinação
"feijão tropeiro com cerveja",
consumida aos milhares em dia
de jogo no estádio, do que pelo
própria partida em si.
"O Mineirão é lugar de lazer,
a torcida se sente em casa. Já se
cogitou proibir cerveja, mas ela
faz parte da cultura do brasileiro", diz o secretário-geral da
Federação Mineira, José Guilherme Ferreira Filho.
O diretor financeiro da Federação Baiana, Antônio Miranda, concorda: "Cerveja tem a
ver com carnaval, com a índole
do baiano. É um processo, por
isso é liberado".
O ex-presidente da torcida da
Lusa "Leões da Fabulosa" Delfim Marcelino se queixa da realidade paulista. "Não pode
mais nada. Antes, a gente batucava e agitava bandeiras antes
dos jogos. Acho que a polícia
quer ver cada vez menos gente
nos estádios."
(FV, PC e RD)
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