São Paulo, domingo, 09 de abril de 2006

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VÔLEI

Após construir campanha sem alardes, time inicia final da Superliga contra Florianópolis em busca do inédito 4º título

Minas tenta história como "come-quieto"

DA REPORTAGEM LOCAL

Sem pressa e sem alarde, o Minas, que no passado naufragou na finalíssima diante do paulista Banespa, trilhou o caminho até a decisão da Superliga de vôlei. E, a partir de hoje, tenta fazer vingar de vez o estilo "come quieto", a fim de fazer história na mais importante competição nacional.
Se passar pela série melhor de cinco contra o estreante Florianópolis, o time assegura o quarto título do campeonato e se isola como o maior vencedor do campeonato -está empatado com a Ulbra-RS, com três troféus cada um.
"Para nós, parece que quanto mais difícil melhor. A final não tem dono. Temos de aproveitar essa euforia [da classificação], acumular toda essa energia positiva para passar pela decisão", afirmou o levantador Marlon.
Antes da Superliga, mudanças nos times grandes fizeram com que o Minas ficasse um pouco apagado na lista de favoritos.
O Florianópolis, seu rival de hoje, às 20h, em Belo Horizonte, montou um grupo forte e chamou Renan Dal Zotto, prata em Los Angeles-1984 e ex-gerente do vitorioso projeto da Unisul, para o banco de reservas.
Ricardo Navajas, um dos mais experientes técnicos do país, saiu de Suzano para a Ulbra. Na Unisul, Zé Roberto Guimarães manteve um bom elenco. Sem a seleção feminina para se preocupar, pôde se dedicar mais ao time.
Durante a fase classificatória, o Minas foi ainda mais "mineiro". A equipe se manteve sempre na parte de cima da tabela, mas só arrancou de vez nas quatro últimas rodadas -terminou como líder.
O Florianópolis esteve quase sempre entre os dois primeiros colocados no certame. "Tivemos problemas imprevisíveis, muitos lesionados. Mas isso serviu para dar ânimo ao time, que mostrou capacidade de superar as dificuldades e sustentar o planejamento", disse o técnico Jon Uriarte.
Nas estatísticas, que mostram os melhores em casa fundamento, o Minas tampouco faz alarde.
O Florianópolis lidera as listas de quatro fundamentos (ataque, levantamento e bloqueio). Os mineiros não aparecem no topo.
"Mas eles têm dois pontas que passam bem, um levantador experiente [Marlon] e um jogador que sabe atacar bolas altas [o oposto Leandro]. Nós estamos tentando achar esse equilíbrio desde o início", disse Renan.
A equipe mineira já deu mostras de seu "fator surpresa" no Paulista do ano passado.
Após perder o técnico Marcos Miranda, o time contratou o argentino Uriarte, que não teve nem tempo de alugar casa em Belo Horizonte e já precisou se mudar para um hotel em São Paulo para dirigir o Pinheiros, que fez parceria com o Minas, no Estadual.
Mesmo com os percalços, a equipe chegou à final e derrotou a Unisul/Barueri, chefiada por Zé Roberto. Nas semifinais da Superliga, o rival foi o mesmo. No último jogo, o Minas perdia por 2 sets a 0, mas virou e chegou à decisão.

Na TV - Minas x Florianópolis, Sportv, ao vivo, às 20h


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