São Paulo, quinta-feira, 09 de abril de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

JUCA KFOURI

Ressurge o alviverde imponente


Com a cabeça no lugar e preciso quando precisou, em clima de paz, o Palmeiras ressuscita na Libertadores


O PALMEIRAS estava preparado para a pressão inicial do Sport em sua casa e seu péssimo gramado.
Truncou o jogo o quanto pôde, teve em Marcos o líder de que precisava atrás, na garganta, com os pés e com as mãos. A pressão havia, é certo, mas era suportável, porque, se o Sport marcava na frente e dificultava o toque de bola, o Palmeiras também marcava forte e não deixava o Leão rugir tão alto como imaginava.
E, como futebol é futebol, no primeiro ataque alviverde, bola parada, lançamento na área, e gol de Maurício, que foi dado indevidamente ao menino Keirrison. Aí, a Ilha calou, porque é só a Ilha, não tem nada de Bombonera ou Bombonilha, como Vanderlei Luxemburgo tinha dito. O clima era de futebol, não de guerra, graças aos esforços das duas diretorias e, até, do governador pernambucano, Eduardo Campos. Exemplares e eficazes. Quando o segundo tempo começou, a expectativa era a de que veríamos um Sport todo no ataque, como as alterações de Nelsinho Batista prenunciavam.
O Palmeiras teria de defender aqueles três pontos com a mesma bússola que impediu que o time se perdesse nos 45 minutos iniciais, apesar do barulho que a torcida rubro-negra recomeçara a fazer. Porque, na quarta-feira que vem, o jogo será no Palestra Itália, para empatar em pontos com o até então invicto, e favorito, Sport, que, como o Cruzeiro diante do Estudiantes, deixava de sê-lo. Nem bem o jogo recomeçou e, numa jogada brilhante de Diego Souza, o goleiro Magrão, também com brilhantismo, evitou o gol que provavelmente resolveria a partida. Como ele mesmo resolveu, aos 27min, em outra belíssima participação, desta vez sem que o goleiro pudesse defender.
Ficou muito clara a superioridade verde sobre o time rubro-negro e na batalha dos dois técnicos. Enquanto Nelsinho Batista fez só o que pôde, Vanderlei Luxemburgo foi praticamente irrepreensível, ao fazer seu time jogar do único jeito que poderia perante circunstâncias tão adversas.

O amanhã
Vanderlei Luxemburgo também estava certo ao dizer que o mundo não acabava na Ilha do Retiro. Como também disse o técnico da Inter, José Mourinho, antes de seu time enfrentar, pela Copa dos Campeões, numa quarta-feira, o Manchester United: "Se vencermos, na quinta-feira tem treino para o jogo com a Fiorentina. Se perdermos, na quinta-feira tem treino para o jogo com a Fiorentina". Como se sabe, a Inter perdeu para os ingleses por 2 a 0 e foi eliminada, mas ganhou dos florentinos, em seguida, pelo mesmo placar, pelo Campeonato Italiano. Pois o Palmeiras treinará na sexta-feira para enfrentar o Santos. Depois da Ilha, a Vila.

Anos 50 O futebol que o Barcelona jogou até fazer 4 a 0, que poderiam ter sido 7 a 0, no Bayern de Munique lembrou os melhores tempos do futebol romântico. Messi, impossível, Henry e Eto'o deram um show. Mané, Pelé e Tostão assinariam.
blogdojuca@uol.com.br


Texto Anterior: Itália: País adia jogos da Série B após terremoto
Próximo Texto: Palmeiras muda seu estilo para vencer
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.