São Paulo, quinta-feira, 09 de abril de 2009

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Barcelona e Chelsea já se miram nas semifinais

Triunfos contundentes praticamente definem um duelo na Copa dos Campeões

Messi comanda show sobre o Bayern, liquidado em só 45 minutos, e zagueiro brilha em virada do time dirigido por Hiddink em Liverpool

DA REPORTAGEM LOCAL

No duelo dos melhores ataques da Copa dos Campeões, muito melhor para o time de Messi. No confronto inglês das quartas de final, pior para o time do país com mais tradição internacional. Barcelona e Chelsea devem mesmo fazer semifinal do torneio interclubes mais badalado do mundo.
Ontem, na Espanha, o Barcelona aniquilou o Bayern em apenas um tempo. Fez 4 a 0 nos primeiros 45 minutos, e o placar poderia ser maior, de tantas chances criadas pela equipe da casa durante toda a partida.
Messi, com dois gols, uma assistência, um discutível pênalti não marcado nele e vários lances de efeito, foi o dono da partida e da provável classificação do Barcelona para o último mata-mata antes da decisão.
O atacante argentino abriu o placar após completar jogada de Eto'o logo aos 9min. Três minutos depois, Messi devolveu o favor ao companheiro. E com estilo. Ele deu passe magistral para Eto'o aumentar o marcador. Aos 38min, Henry fez boa jogada pela esquerda e serviu Messi. Cinco minutos depois, Messi fez jogada sensacional pela direita, e a bola parou nos pés de Henry, que fechou a conta: 4 a 0.
Os jogadores do Bayern apelaram em certos momentos para a violência para conter os dribles de Messi, inspirado. No primeiro tempo ainda, o argentino caiu na área, reclamou de pênalti, assim como o técnico Josep Guardiola, e foi advertido com cartão amarelo por uma suposta simulação. Depois, sofreu para escapar da marcação, mas com habilidade conseguia avançar e criar lances de gol.
O argentino acumula 32 gols nesta temporada somando todas as competições -o Barcelona, que deu a sua quarta goleada na atual Copa dos Campeões, anotou 126 vezes.
Messi virou goleador da Copa dos Campeões (oito tentos), um a mais que Gerrard e Klose.
""O estilo de jogo do Barcelona mostrou nossos limites. A partida nos demonstrou que temos muito trabalho para nos colocarmos entre os melhores da Europa. Temos que pensar agora no Campeonato Alemão", falou, resignado, Jürgen Klinsmann, técnico do Bayern, citando a competição nacional, em que o time também patina.
""É um grande placar e que nos indica o caminho: solidariedade, trabalho de todos, esforço e talento", declarou Guardiola, que foi expulso por reclamar do pênalti não marcado em Messi e do cartão para o seu astro. ""O pênalti foi claro e, agora, ele [Messi] está pendurado", queixou-se ele.
Na Inglaterra, o herói do jogo não foi um craque. O zagueiro Ivanovic, do Chelsea, anotou dois gols de cabeça após jogadas ensaiadas de bola parada e anulou a vantagem inicial do Liverpool, que tinha aberto o placar com Fernando Torres.
Drogba ainda aproveitou cruzamento da esquerda para fazer 3 a 1 no rival. O Chelsea pode até perder por 2 a 0 em Londres agora que enfrentará provavelmente o Barcelona, que pode perder por três gols de diferença na Alemanha.
""Pretendíamos marcar um e, quando se marca três, é um luxo", disse Guus Hiddink, que substituiu Luiz Felipe Scolari no Chelsea. Prova de que a missão para o Liverpool é muito difícil: faz 20 anos que o time da terra dos Beatles não faz mais de dois gols num jogo no Stamford Bridge, a casa do Chelsea.


Com agências internacionais



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