São Paulo, sábado, 09 de abril de 2011

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Rivais voltam a duelar após polêmica

VÔLEI
Vôlei Futuro precisa vencer Cruzeiro para não deixar Superliga


DE SÃO PAULO

Na última semana, pouco se falou em vôlei, muito se falou em homofobia. Sete dias após o meio de rede Michael, do Vôlei Futuro, ser hostilizado em Contagem pela torcida do Cruzeiro com gritos de "bicha", os dois times voltam a se enfrentar em um jogo decisivo, válido pela semifinal da Superliga masculina.
O reencontro, marcado para as 10h, será na casa do Vôlei Futuro, em Araçatuba. O time paulista perdeu o primeiro confronto da série por 3 sets a 2 e precisa da vitória para ainda ter chances de chegar à sua primeira final.
A expectativa é de que a torcida de Araçatuba não devolva na mesma moeda as provocações feitas pelos torcedores do Cruzeiro contra sua equipe no último sábado.
Para assegurar o clima de paz nas arquibancadas do ginásio Plácido Rocha, a diretoria do Vôlei Futuro reforçou a segurança. Foram escalados 50 policiais e 40 seguranças para o jogo. Normalmente, o efetivo é menor -30 policiais e 20 seguranças.
"Esperamos que a nossa torcida nos traga mais equilíbrio emocional, disposição e aumento no nível de concentração, coisas que não aconteceram em Contagem", disse Cezar Douglas Silva, treinador do Vôlei Futuro. O Cruzeiro, que se garante na final em caso de vitória hoje, fez um treino ontem em Araçatuba, mas só pôde usar o ginásio em um horário.
"Em Minas, nós oferecemos dois horários de treinos, da maneira como eles pediram", disse Alberto Medioli, vice-presidente do Cruzeiro.
A equipe mineira demonstrou ainda mais irritação com o fato de a diretoria do Vôlei Futuro ter reservado só 50 ingressos para sua torcida, em vez dos 150 solicitados.
O regulamento da Superliga prevê que o clube mandante deve ceder até 20% da capacidade do ginásio para a torcida rival. No caso de Araçatuba, o Plácido Rocha tem 4.000 lugares, segundo o site oficial da Superliga. Em Contagem, o Vôlei Futuro recebeu os 50 tíquetes que pediu. "Isso é uma descortesia", afirmou o dirigente mineiro.
O Cruzeiro apresentou à confederação e ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva queixas em relação aos ingressos e horários de treinos.
A equipe mineira, por sua vez, será alvo de um julgamento, na próxima quarta, devido às manifestações homofóbicas de sua torcida. O time pode perder o mando de quadra, mas a tendência é que, em caso de punição, uma multa seja aplicada.
Segundo o principal pontuador do Cruzeiro, Wallace, a equipe não se deixou abalar pela troca de farpas que se sucedeu após o episódio de homofobia contra Michael.
"Em momento nenhum a gente desviou o nosso foco, que é vencer este jogo para chegar à final", declarou.

NA TV
Vôlei Futuro x Cruzeiro

10h Globo e Esporte Interativo


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