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Mulheres mudam status da natação
Cinco nadadoras, todas com índice mais forte, se garantem em Pequim
Tempos ainda estão longe da elite, mas nunca o Brasil teve tantos índices "nível A" no torneio feminino dos Jogos
MARIANA LAJOLO
ENVIADA ESPECIAL AO RIO
Com índices fortes e tempos
anulados por doping, a natação
feminina do país chegou à derradeira seletiva olímpica com
uma marca preocupante: somente duas atletas haviam
conquistado vaga em Pequim.
Em apenas um dia, no entanto, a equipe saltou da mingua
para uma marca histórica.
Com cinco nadadoras, o Brasil ostenta o maior número de
competidoras com índice A das
últimas quatro décadas, segundo levantamento da confederação brasileira. Todas têm vagas
em provas individuais.
A marca A, determinada pela
federação internacional, é bem
mais forte do que o índice mínimo exigido para os Jogos.
Joanna Maranhão e Flávia
Delaroli são remanescentes de
Atenas. Lá, tinham companhia
de Rebeca Gusmão com índice
A. O time contava com oito nadadoras -cinco formavam o
revezamento e, por terem índices B, algumas acabaram disputando provas individuais.
Rebeca também já estava
classificada para os 50 m e 100
m livre em Pequim, mas, por
problemas em antidoping, teve
suas marcas suspensas.
"Esperava mais índices. Estamos há muito tempo na luta",
diz Fabíola Molina, que volta à
Olimpíada após oito anos.
A Confederação Brasileira de
Desportos Aquáticos diz ter optado pela qualidade, por isso, só
aceita os índices fortes. "Por esse critério, podemos dizer que
essa é nossa mais bem preparada seleção", diz Ricardo de
Moura, diretor da CBDA.
Os bons tempos, porém, ainda põem as atletas em segundo
plano no cenário mundial.
Após um ano conturbado, em
que revelou ter sofrido assédio
sexual na infância, Joanna obteve anteontem seu melhor
tempo desde o quinto lugar em
Atenas. Com 4min44s66, ela
teria sido sétima colocada em
2004. Sua marca é a 35ª do ano.
"Agora vou treinar mais do
que nunca, vou comer água até
Pequim", afirmou a nadadora.
Quem mostrou boa evolução
foram as nadadoras de borboleta. Gabriella Silva cravou
58s90, a 21ª marca do ano. Ela é
a brasileira mais bem colocada
do ranking mundial entre as
cinco já classificadas. Nos 100
m borboleta, terá a companhia
de Daynara de Paula, 18.
NA TV - Troféu Maria Lenk
Sportv, ao vivo, às 11h30
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