São Paulo, sexta-feira, 09 de maio de 2008

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Mulheres mudam status da natação

Cinco nadadoras, todas com índice mais forte, se garantem em Pequim

Tempos ainda estão longe da elite, mas nunca o Brasil teve tantos índices "nível A" no torneio feminino dos Jogos

MARIANA LAJOLO
ENVIADA ESPECIAL AO RIO

Com índices fortes e tempos anulados por doping, a natação feminina do país chegou à derradeira seletiva olímpica com uma marca preocupante: somente duas atletas haviam conquistado vaga em Pequim.
Em apenas um dia, no entanto, a equipe saltou da mingua para uma marca histórica.
Com cinco nadadoras, o Brasil ostenta o maior número de competidoras com índice A das últimas quatro décadas, segundo levantamento da confederação brasileira. Todas têm vagas em provas individuais.
A marca A, determinada pela federação internacional, é bem mais forte do que o índice mínimo exigido para os Jogos.
Joanna Maranhão e Flávia Delaroli são remanescentes de Atenas. Lá, tinham companhia de Rebeca Gusmão com índice A. O time contava com oito nadadoras -cinco formavam o revezamento e, por terem índices B, algumas acabaram disputando provas individuais.
Rebeca também já estava classificada para os 50 m e 100 m livre em Pequim, mas, por problemas em antidoping, teve suas marcas suspensas.
"Esperava mais índices. Estamos há muito tempo na luta", diz Fabíola Molina, que volta à Olimpíada após oito anos.
A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos diz ter optado pela qualidade, por isso, só aceita os índices fortes. "Por esse critério, podemos dizer que essa é nossa mais bem preparada seleção", diz Ricardo de Moura, diretor da CBDA.
Os bons tempos, porém, ainda põem as atletas em segundo plano no cenário mundial.
Após um ano conturbado, em que revelou ter sofrido assédio sexual na infância, Joanna obteve anteontem seu melhor tempo desde o quinto lugar em Atenas. Com 4min44s66, ela teria sido sétima colocada em 2004. Sua marca é a 35ª do ano.
"Agora vou treinar mais do que nunca, vou comer água até Pequim", afirmou a nadadora.
Quem mostrou boa evolução foram as nadadoras de borboleta. Gabriella Silva cravou 58s90, a 21ª marca do ano. Ela é a brasileira mais bem colocada do ranking mundial entre as cinco já classificadas. Nos 100 m borboleta, terá a companhia de Daynara de Paula, 18.


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