São Paulo, sábado, 09 de maio de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Brasileiro importa mais e melhor e segura destaques

Além dos atletas de prestígio internacional, como Adriano e Ronaldo, Nacional começa com os seus melhores de 2008

Mais de 40 jogadores que estavam no exterior até pouco tempo reforçam os clubes no mais badalado torneio nos pontos corridos


RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

Em quantidade e em qualidade, o Brasileiro se reforçou.
Mais de 40 jogadores que estavam no exterior foram seduzidos, por diferentes razões, a atuar na edição deste ano do principal campeonato do país. E nessa lista estão nomes bem conhecidos mundo afora, como Ronaldo, Adriano, Fred, Edmílson e Maxi López, atletas ainda com mercado lá fora e que, pelo currículo, não são nada baratos.
A crise econômica global ainda impediu a saída dos principais destaques do Brasileiro passado, casos de Hernanes e Miranda (São Paulo), Ramires e Wagner (Cruzeiro), Nilmar (Inter) e Juan (Flamengo).
Os três artilheiros de 2008, Keirrison (agora no Palmeiras), Kléber Pereira (Santos) e Washington (agora no São Paulo) prosseguem na disputa e ganharam pesada concorrência.
Na disputa para ser goleador do Brasileiro-2009, estarão três atacantes que estiveram na Copa de 2006: Ronaldo, fenômeno do Corinthians, Adriano, imperador do Flamengo, e Fred, já o alvo maior das músicas da torcida do Fluminense.
Não que o Brasileiro tenha virado um campeonato rico da noite para o dia, mas, comparando com as esvaziadas edições anteriores, em que os melhores saíam e quase ninguém de qualidade voltava, a edição deste ano parece um oásis.
Isso inclui técnicos. Carlos Alberto Parreira, treinador da seleção na última Copa, está de volta ao Brasileiro. Ele, que fez seu último trabalho na África do Sul, está no comando do Fluminense. Paulo Autuori, um outro treinador de vasto currículo internacional, está deixando o Oriente Médio (Arábia Saudita) e vai assumir em mais alguns dias o Grêmio.
Já no ano passado um ciclo de migração para o Brasil começou a ganhar corpo. Os clubes, alguns com a ajuda de investidores e outros com marketing mais agressivo, passaram a ousar na busca por reforços.
Adriano, novo contratado do Flamengo, já havia no ano passado defendido o São Paulo, mas não chegou a atuar pelo atual tricampeão nacional no Brasileiro, torneio que o ex-jogador da Inter não conquistou.
Até estrangeiros de bom nível, como os argentinos D" Alessandro e Sorín, desembarcaram no segundo semestre de 2008, sendo trabalhados para o Brasileiro deste ano, em que o Inter celebra seu centenário e tenta acabar com um jejum de 30 anos sem taça do Nacional.
O Grêmio atraiu, por sua vez, o atacante argentino Maxi López, que fez nome no River Plate e integrou o elenco do Barcelona campeão europeu em 2006. O Palmeiras trouxe Armero, jogador da seleção colombiana que está valorizado.
Mesmo dentre os jogadores menos badalados há importações significativas para os clubes: Reinaldo (Botafogo), Marcinho (Atlético-PR), Zé Roberto (Flamengo), Thiago Neves (Fluminense), Alecsandro (Inter), Léo (Santos), Eduardo Costa (São Paulo), Mozart (Palmeiras) e Nadson (Vitória).
Será a sétima edição do Brasileiro no sistema de pontos corridos, a quarta seguida com 20 times, o que dá cara ainda mais europeia à disputa. O regulamento é o mesmo, mas os holofotes, não. O mundo verá o Brasileiro como nunca antes.


Texto Anterior: Teste: Muricy põe time com três zagueiros
Próximo Texto: Ronaldinho entra no rol de especulações do torneio
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.