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JUCA KFOURI
A virtude mora ao lado
Colunista da Folha
Doutor Tostão, seja bem-vindo. A vizinhança agradece.
Não fosse por tantos outros motivos, pela valorização que sua
proximidade garante.
O eloquente silêncio da FPF e,
agora, o da CBF, sobre os casos
de suborno na Lusa, falam
muito mais que um milhão de
palavras.
E por falar em CBF: quando
será tornado público o anexo
ao contrato feito com a Nike?
Há o que esconder?
De Eduardo Viana, sobre as
mensagens por baixo das camisas dos jogadores nas comemorações de gol: "Acho que não
existe qualquer tipo de problema, desde que não haja nenhuma mensagem agressiva a uma
instituição, pessoa ou dirigente". Enfim, está tudo explicado.
Cartolas são uma coisa, pessoas são outra. Que alívio!
O Ladetec, que ocultou um caso de doping pelo Brasileiro de
93, jogo entre São Paulo e Bahia, está de parabéns: não
olhou para a importância dos
atletas ao denunciar dois tricolores, um gremista e outro
baiano. Só que, agora, é posto
sob suspeita de não ter competência para tanto até por uma
das maiores autoridades brasileiras no assunto, o ex-médico
do Grêmio Eduardo de Rose. O
tema é delicado, difícil e para
especialistas.
O que se sabe é que raramente
um jogador admite a falta (como Dinei e Clébson admitiram), e mais raramente ainda
quem é pego está inocente.
Como sonhar não paga imposto, os corintianos apostam
que vão repetir contra o Palmeiras o que os palmeirenses
fizeram com o Vasco.
Então, no primeiro jogo, no
Parque Antarctica, Carlos Germano fechou o gol e garantiu o
empate que parecia suficiente
para classificar os cariocas.
Depois, em São Januário,
Carlos Germano foi substituído
por Márcio, que deu três gols ao
Palmeiras. O problema alvinegro é que quem vai jogar no lugar de Marcos na quarta-feira
é o próprio Marcos.
Já os palmeirenses garantem
que Amaral continua com o coração verde.
Como os torcedores do Boca
Juniors, a partir de 1991, garantem que Guinei era Boca desde
criancinha, e os do Grêmio não
têm dúvida, de 1996 para cá,
que Alexandre Lopes sempre
foi tricolor. É a sina corintiana
na Libertadores nesta década,
além da falta de cabeça.
Prometi voltar ao tema das
torcidas organizadas com algumas contribuições dos leitores e não posso cumprir: apaguei sem querer todas as mensagens recebidas sobre o tema,
razão pela qual peço que sejam
enviadas novamente.
Principalmente uma que propunha nova forma de organização, por células em cada
bairro, coisa bem bolada.
Seja como for, já fica um registro importante, de uma leitora que jamais se conformou
com a extinção das organizadas, mas que mudou de opinião na última quarta-feira
quando viu, no meio da Gaviões, Palmeiras x Corinthians.
"Foi lindo ver a Gaviões com
a camisa do Corinthians, cantando o hino do Corinthians,
fazendo suas evoluções e coreografias. Acho que é melhor deixar como está", admitiu.
Juca Kfouri escreve aos domingos, terças e sextas
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