São Paulo, domingo, 09 de junho de 2002

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BASQUETE

Uniara, que disputa o torneio pela primeira vez, inicia decisão com o Bauru, melhor time da temporada

Final pode premiar estreante após cinco anos no Nacional

GUILHERME ROSEGUINI
DA REPORTAGEM LOCAL

Acabar com um jejum de cinco anos e colocar o nome do técnico João Marcelo Leite no livro de recordes do Nacional masculino.
É com esse objetivo que a Uniara recebe hoje o Bauru, às 18h, no primeiro confronto da série melhor de cinco que define o campeão brasileiro de basquete.
Estreante no torneio -a competição é disputada no atual formato desde 1990-, o time de Araraquara, caso conquiste o título, poderá igualar a façanha obtida pelo Corinthians-SP em 1996.
Comandado por Flor Melendez, a equipe triunfou no primeiro Nacional que competiu. De lá para cá, nenhum time estreante conseguiu alcançar o topo do pódio.
Uma campanha vitoriosa da Uniara na finalíssima também garantirá à João Marcelo Leite a designação de técnico mais jovem a conquistar o Nacional masculino.
Leite, de 28 anos, assumiu a equipe no dia 29 de março, ainda na primeira fase, quando o então treinador da equipe, Tom Zé, precisou abandonar as quadras para cuidar de um câncer no reto.
"Ele [Tom Zé" é o grande mentor desse time. Por isso o convidei para reassumir o comando na final, já que se recuperou dos problemas de saúde. Ele, porém, disse que a equipe estava em boas mãos e pediu para que eu continuasse no banco", explica Leite.
Apesar da pouca experiência, o técnico da Uniara sabe que o adversário conhece muito bem seu estilo de comandar uma equipe.
Jorge Guerra, o Guerrinha, técnico de Bauru, foi uma de suas principais influências no esporte.
Quando era ala-armador da equipe juvenil do Franca, no início da década de 90, Leite costumava acompanhar as atuações de Guerrinha à frente da equipe principal da cidade e da seleção.
"Ele começou a jogar na minha academia, a Clínica Francana de Basquete. O Tom Zé também foi meu atleta. Por isso digo que nessa final está tudo em casa", lembra o treinador do Bauru.
Comandando o time de melhor campanha na fase de classificação, Guerrinha tenta seu primeiro título nacional como treinador.
Ele já chegou à final em 1998, quando liderava o time de Ribeirão Preto, mas perdeu a decisão para o Franca de Hélio Rubens.
"Foi uma final complicada, pois perdemos o mando de quadra. Mas não guardo mágoas. Ainda sou um treinador jovem, e as chances de vencer continuam aparecendo", lembra Guerrinha.
Apesar de voltar a decisão com uma equipe mais experiente e "caseira" -está invicta em seus domínios há 11 jogos-, Guerrinha prefere descartar o favoritismo. "Essas estatísticas e previsões funcionam bem no papel, mas, em uma final, ganha a equipe que tiver mais vontade de vencer."


NA TV - Uniara x Bauru, ao vivo, às 18h, na Sportv



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