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São Paulo, segunda-feira, 09 de junho de 2003

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Times que prestigiam profissionais lideram o Nacional e deixam risco de rebaixamento distante

Brasileiro premia quem dá estabilidade a técnico

Caio Guatelli/Folha Imagem
O goleiro Sílvio Luiz comemora o gol da vitória, ontem, do São Caetano, que conta com Mario Sérgio como técnico há quase um ano


DA REPORTAGEM LOCAL

Time que dá estabilidade ao seu técnico obtém sucesso mais facilmente. A máxima tão arraigada na teoria do futebol, mas nem tanto na cabeça dos dirigentes, encontra respaldo no Brasileiro, pelo menos até a 12ª rodada.
Dos sete times que mantiveram o comandante da temporada de 2002, cinco estão entre os dez melhores colocados. Os dois líderes, Cruzeiro e Santos, não fogem à regra. O Coritiba, que faz surpreendente campanha, tem no técnico Bonamigo uma das explicações para estar entre os quatro líderes do Nacional.
A regra encontra ressonância na parte de baixo da tabela. O Goiás, com míseros seis pontos, já trocou de técnico duas vezes. O Juventude, 22º, duas. Em compensação, entre os que prestigiaram seus treinadores, o pior colocado está em 16º (Vasco), cinco pontos à frente da zona de rebaixamento.
Na rodada do fim de semana, só o Fluminense, de Renato Gaúcho, tropeçou entre os times que deram estabilidade. Perdeu anteontem para o Vitória, que mantém Joel Santana há quase um ano.
O Santos, que tenta o bicampeonato com Emerson Leão, foi outro que subiu na tabela. Alcançou a liderança do Nacional, ao lado do Cruzeiro, ao bater o Guarani.
Mario Sérgio, que está há quase um ano no ABC, levou o São Caetano ao "top ten", batendo o "novato" Geninho, que viu seu Corinthians jogar mal e ter sua série de vitórias interrompida no Anacleto Campanella.
O São Paulo, que está sem técnico há mais de um mês e vem sendo dirigido interinamente pelo preparador de goleiros Roberto Rojas, também sentiu a falta que a estabilidade faz. Só empatou em 2 a 2 com Bahia, no Morumbi.
Já o Grêmio, que anunciou ontem Dario Pereyra e foi comandado anteontem por Cléber Xavier, encerrou uma sequência de resultados ruins ao bater o Fortaleza.
O Cruzeiro, talvez hoje o maior ícone de estabilidade no futebol brasileiro, conseguiu ótimo resultado no fim de semana. Diante de mais de 70 mil flamenguistas, o time de Wanderley Luxemburgo empatou em 1 a 1 e agora precisa só de um empate sem gols no Mineirão, na quarta-feira, para ser campeão da Copa do Brasil e garantir vaga na Libertadores-04.
O time também faz excelente campanha no Brasileiro, com 24 pontos em 11 jogos. Ontem, o técnico dos sonhos do clã Perrella, no entanto, perdeu a cabeça. Depois de ver o Flamengo marcar o gol de empate aos 48min do segundo tempo, Luxemburgo partiu para cima de Carlos Eugênio Simon e, diante das câmeras de TV, reclamou acintosamente da atuação do juiz gaúcho.


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